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PRISÃO DE LULA
Moro e Dodge atuaram para que se descumprisse a lei para manter Lula preso, relata Galloro
Fernanda Peluci
Diretora do Sindicato dos Metroviários de SP e militante do Mov. Nossa Classe
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Dia após dia no Brasil se escancara a arbitrariedade do Poder Judiciário com uma nova notícia na mídia e mantém aberta e exposta a ferida do golpe. Desta vez, em entrevista concedida ao jornal Folha de SP, o diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, conta o passo-a-passo da prisão arbitrária de Lula fruto da operação Lava Jato que mostrou que está a serviço de escolher a dedo um presidente que continue o golpismo, longe de querer acabar com a corrupção no país que segue em curso.

"Moro exigiu que a gente cumprisse logo o mandato", afirmou Rogério Galloro, diretor-geral da PF. Trinta homens do Comando de Operações Táticas (COT), tropa de elite da PF, se encontravam a postos com armas para invadir o Sindicato dos Metalúrgicos em São Bernardo na ocasião em que o juíz golpista Sergio Moro expediu o mandado de prisão de Lula que infringe até hoje o direito da população votar em quem quiser.

Significou o ápice do controle judicial sobre as eleições, para que um candidato que dê continuidade ao governo Temer, receba a benção das urnas para aprovar a Reforma da Previdência e privatize o que sobrou do país, ou seja, aprofunde os ataques iniciados pelo governo do PT no segundo mandato de Dilma. Apesar de Lula não deixar de se comprometer, querem que Alckmin ou alguém ainda mais submisso às rédeas do imperialismo do que o PT consegue ser.

Galloro afirmou na entrevista citada que no sábado, 7 de abril, estando bastante pressionado por Moro, quando o prazo estava se encerrando, que "Quando deu 17h30, eu liguei para o negociador e disse: ‘Acabou! Se ele não sair em meia hora nós vamos entrar’. E dei a ordem para entrar. Às 18h, ele saiu."

Na edição da Veja desta semana uma outra denúncia sobre a prisão de Lula expôs mais a arbitrariedade da prisão com Gebran Neto, do TRF-4, admitindo que ignorou "a letra fria da lei" ao dar a decisão de manter Lula preso descumprindo a decisão do desembargador plantonista Rogério Favretto, confirmada por Galloro. Frente à ordem de soltura do ex-presidente decidida por Favretto, o diretor-geral da PF afirmou na entrevista que "Diante das divergências, decidimos fazer a nossa interpretação. Concluímos que iríamos cumprir a decisão do plantonista do TRF-4. Falei para o ministro Raul Jungmann (Segurança Pública): ‘Ministro, nós vamos soltar’, mas que em seguida recebeu o telefonema de Raquel Dodge contra a soltura, assim como do presidente do TRF-4, Thompson Flores com determinações para que mantivesse a arbitrária prisão de Lula.

Nós, do Esquerda Diário e MRT, combatemos desde de sempre o programa de conciliação do PT, que por 13 anos governou para garantir os interesses da burguesia nacional e do imperialismo. Mas apesar de não chamarmos voto em qualquer candidato deste partido, que assimilou os métodos de corrupção em seus governos e abriu o caminho para que a direita crescesse, somos determinantemente contra o autoritarismo do judiciário que está a serviço de atacar os direitos dos trabalhadores e somos contra a prisão arbitrária de Lula, e por isso defendemos que o povo possa votar em quem quiser. Batalhamos para superar a tragédia da conciliação de classes petista que abriu caminho para o golpe, mas nos colocamos contra os avanços da Lava Jato que quer moldar o futuro das eleições com perseguições e métodos autoritários, sequestrando o já limitado direito ao sufrágio.

Link para entrevista na íntegra

 
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