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UFABC
Pão e Rosas organiza roda de conversa na UFABC pela legalização do aborto
Virgínia Guitzel
Travesti, trabalhadora da educação e estudante da UFABC

No próximo dia 08 de Agosto, milhares de mulheres, trabalhadoras e trabalhadores e estudantes estarão em frente ao Senado Argentino fazendo a terra tremer para que o aborto seja lei. No Brasil, o grupo de mulheres Pão e Rosas que também está na linha de frente dos atos na Argentina, está convocando uma manifestação para que tragamos a Maré Verde para o Brasil, pois não aceitamos mais mortes por abortos clandestinos.

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Como parte da campanha internacional levada a frente pelo grupo de mulheres Pão e Rosas, o coletivo feminista socialista organizou uma roda de conversa com trabalhadores e estudantes da UFABC para debater as lições da luta das mulheres argentinas e os desafios para legalizar o aborto na Argentina e no Brasil.

A roda de conversa aconteceu na sexta-feira (06), no campus de São Bernardo do Campo, em frente do bloco Beta as 18:00. Mesmo com chuva e muito frio, estudantes e trabalhadores participaram da roda de conversa que contou com a presença de Tristan Jenifer, autora do texto "Mulheres negras, capitalismo e Revolução" do livro Feminismo e Marxismo e militante do Pão e Rosas; Allana Mattos, do Coletivo de Mães e Pais da UFABC; Myrella Veloso, pessoa não-binaria do coletivo LGBT Prisma - Dandara dos Santos e Cássia Gonçalves e Andreia Silva - coordenadoras do SINTUFABC.

A roda de conversa debateu a força do movimento de mulheres pelo mundo, que em meio a crise econômica internacional vem sendo um enorme diferencial, onde já ocorreram duas greves internacionais de mulheres nos 8 de Março, resgatando um sentido histórico desta data, assim como o fenômeno feminista da "Revolução das hijas", onde as adolescentes convencem seus pais da importância da luta pela legalização do aborto e de como a força da mobilização consegue impor que mesmo sob um governo de direita como o Macri, tenha que se pautar a vida das mulheres no Congresso e no Senado.

Se debateu as experiências de mulheres no poder, como o Cristina Kirchner na Argentina e Dilma Rouself no Brasil, e de que isso não significou um avanço nos direitos das mulheres. Pelo contrário, uma vez que guardada as diferenças, ambos os governos progressistas rifaram estes direitos em nome da governabilidade. Se debateu de como esta pauta da legalização do aborto precisa ser encarado como um debate se saúde pública e que exige um enfrentamento com o Estado, que controla o corpo das mulheres e impõem, especialmente as mulheres negras, o aborto clandestino que é a 4º causa de morte materna e também o desafio de trazer a Maré Verde Argentina para os locais de trabalho e de estudo. Assim como combinado a esta demanda, precisamos lutar pelo direito a maternidade, o que significa por exemplo nas universidades como a UFABC, o direito a creche para as mães trabalhadoras, além de atendimentos psicológicos em caso de assédios ou violências fruto do machismo.

A conclusão da roda de conversa é que a luta argentina pode servir como um enorme exemplo para as mulheres brasileiras. E que está luta precisa ser organizada em cada local de estudo e de trabalho para que a força dessas demandas se expressem via mobilizações. Por isso, as participantes da roda de conversa se dispuseram a convocar nos seus coletivos e também nas entidades como o DCE da UFABC e o SintufABC para que a UFABC também seja parte desta Maré Verde.

Se você tem interesse em participar do ato, confirme presença no evento e entre em contato com pela página do Pão e Rosas para organizar a sua ida.

 
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