www.esquerdadiario.com.br / Veja online / Newsletter
Esquerda Diário
Esquerda Diário
http://issuu.com/vanessa.vlmre/docs/edimpresso_4a500e2d212a56
Twitter Faceboock
TRABALHO ESCRAVO
Café com certificado de qualidade “Starbucks” é produzido por escravos
Victor Mariutti, estudante de Ciências Sociais USP

Na semana passada o Ministério do Trabalho resgatou dezessete trabalhadores rurais submetidos a situação análoga a escravidão na fazenda Córrego das Almas em Piumhi em Minas Gerais conhecida também como fazenda fartura.

Ver online

Imagem: Uol/ Adere/Divulgação

Na semana passada o Ministério do Trabalho resgatou dezessete trabalhadores rurais submetidos a situação análoga a escravidão na fazenda Córrego das Almas em Piumhi em Minas Gerais conhecida também como fazenda fartura. A fazenda ostenta diversos selos internacionais que dizem certificar as condições de trabalho, do meio ambiente, e a qualidade do café ali produzido.

Fabiana Soares Ferreira, administradora e arrendataria da fazenda, informou atraves de sua advogada que se espantou com a noticia e acrecentou que o escravagismo não é a “filosofia” da empresa. Sua declaração tambem frisou que ela sempre buscou atender às exigencias dos órgãos privados que emitem os tais certificados e premiações.

Entrevistado pela reportagem da UOL, Jorge Ferreira dos Santos, que acompanhou a fiscalização do Ministério do Trabalho, disse que os sistemas de certificações é pouco transparente e frágil por que atenda a interesses econômicos.

Ao serem confrontados com a notícia, a rede norte-americana Starbucks declarou que quando se realizou o processo de fiscalização e certificação das condições de trabalho na fazenda não havia indicios de trabalho escravo. A fazenda possuia tambem o selo UTZ, principal órgão privado de certificação, que fiscalizou o local em fevereiro deste ano e emitiu o certificado em abril.

Selos de certificação de qualidade, de responsabilidade ambiental, ou de condições dignas de trabalho concedidos por grupos privados invariavelmente cumprem um papel de marketing e não de garantir melhores condições de trabalho ou de combater a super exploração. Isso só pode se dar pela organização independente dos trabalhadores para confrontar os patrões e os monopólios multinacionais como a Starbucks que lucram com o trabalho escravo.

 
Izquierda Diario
Redes sociais
/ esquerdadiario
@EsquerdaDiario
[email protected]
www.esquerdadiario.com.br / Avisos e notícias em seu e-mail clique aqui