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CORTE DE BOLSAS
Destruição da pesquisa é parte do projeto golpista de país
Letícia Parks

Foi anunciado ontem o corte de todas as bolsas de pós-graduação no país para o ano que vem. Se confirmado, isso selará o total abandono da ciência e educação no Brasil, totalmente compatível com o projeto de país que o golpe vem implementando.

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Foto: Reprodução/Facebook

Na tarde de hoje os ministros do planejamento - Esteves Colnago - e da educação - Rossieli Soares - para debater mudanças no orçamento do Conselho Superior da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, a CAPES, previsto para 2019. A medida pode levar à cortes orçamentários que retirem recurso de pesquisa de 93 mil estudantes dos cursos de pós gradução, além de 105 mil que deixariam de receber bolsa de estudos especialmente em programas ligados à educação pública, como Iniciaçãp à Docência, Residência Pedagógica e Formação de Professores da Educação Básica. Esse enorme ataque também se vira contra a Universidade Aberta do Brasil, que lida com a formação de mais de 245 mil professores da rede pública em 600 municípios.

O corte advém de uma redução de recurso destinado ao MEC, que neste ano recebeu R$23,6 bilhões, e a previsão para o próximo ano é de R$20,8 bilhões, uma redução drástica de quase 20% do orçamento. A redução é originada pela Lei do Teto de Gastos, que limita o aumento de gastos públicos à inflação do ano anterior. A lei foi aprovada em dezembro de 2016, meses após o golpe, e é um dos carros chefes dos ataques dos golpistas, que querem fazer de tudo para que a crise seja paga pelos trabalhadores, enquanto os ricos continuam recebendo bilhões pela via da ilegal, ilegítima e fraudulenta dívida pública.

O golpe veio porque para os empresários e os capitalistas, os ataques que o PT já vinha fazendo não eram suficientes, mas para os trabalhadores da educação, estudantes e pesquisadores, esses ataques já vinham se intensificando duramente desde 2014, quando ano a ano, o PT como governo cortou recursos da educação progressivamente, facilitando o caminho do golpe e se aliando com a direita que hoje governa o país e retira todos os direitos mínimos que estavam garantidos, como a própria reforma da previdência.

A resistência nas ruas contra esse enorme ataque é fundamental, em defesa da qualidade da educação e do tripé fundamental do ensino, pesquisa e extensão, sem o qual a universidade passaria a ser apenas um centro de formação técnica, sem espaço ao pensamento crítico e a formulação de novas sínteses teóricas capazes de lidar com o nosso tempo e com as necessidades da população de fora da universidade, que é quem sustenta ela.

 
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