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LEGALIZAÇÃO DO ABORTO
Confederação de Bispos faz campanha contra legalização do aborto no Rio de Janeiro
Rafael Barros

A Confederação Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) começou campanha contra a legalização do aborto no Brasil. Além de missas, a CNBB está orientando deputados e irá realizar uma cerimônia no dia 2 de agosto, no Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.

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A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), alta cúpula da Igreja Católica já começou sua campanha contra a legalização do aborto no Brasil. Ontem à tarde, na Igreja Nossa Senhora da Paz, em Ipanema na Zona Sul do Rio de Janeiro, foi realizada uma mobilização com uma hora de orações. A mobilização da Igreja no Rio de Janeiro ainda contará com mais um evento, que deve ser seu auge, no Cristo Redentor, com a presença do cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, numa cerimônia que ascenderá as luzes do cristo de branco, como mensagem “lembrança da importância da vida”.

A mesma CNBB, católica já havia soltado uma carta convocando seus fiéis a fazerem vigílias contra o aborto, procurar deputados e orientou que as missas de domingo preguem contra o aborto e rezem pelos nascituros. Nesta carta, os bispos reafirmam o respeito à vida e segurança das mulheres, educação sexual, como se a sociedade pudesse esquecer dos inúmeros escândalos de pedofilia e abusos de freiras praticados por eles e acobertados pelo Vaticano e, no Brasil, a pressão contra a educação sexual nas escolas que fazem em várias cidades. Ainda dizem defender a vida até o que chamam de “morte natural”, mas que naturalidade há para as mulheres que engravidam e querem seguir com a gravidez e se deparam com a estatística de 5 mortes maternas por dia por falta de atendimento pré-natal ou no parto?

Essa campanha promovida pela igreja católica busca incidir nas audiências convocadas pela ministra Rosa Weber do STF, no próximo dia 3, para tratar do processo de Arguição de Descumprimento do Preceito Fundamental (a ADPF 442), elaborada pelo PSOL. A ADPF 442 pede ao STF que se retirem os artigos 124 a 126 do Código Penal, e assim se descriminalize (apenas, e não legalize) o aborto no Brasil.

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As audiências no STF em Brasília terão a presença do Ministério da Saúde, diversas entidades evangélicas “pró-vida”, e também representantes de coletivos feministas e parlamentares do PSOL.

São esses mesmos setores da Igreja que se dizem defensores da vida, que ignoram e atacam os direitos e a vida das mulheres, que morrem diariamente por abortos clandestinos no Brasil. Setor esse que o PT esteve durante seus governos, envolto em alianças, garantindo que fosse rifado o direito ao aborto no Brasil, e avançando em medidas contra esse direito fundamental.

 
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