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PARALISAÇÃO SUPERMERCADO MUNDIAL
Trabalhadores do Mundial paralisam por melhoras salariais e contra implementação da reforma trabalhista
Juan Chirioca
RIO DE JANEIRO

No dia 24, os trabalhadores do supermercado Mundial, que fica no centro do Rio de Janeiro, paralisaram suas atividades contra a demissão de funcionários e pelo reajuste salarial de 8%

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Na manhã da terça-feira 24 de julho o Supermercado Mundial da rua Riachuelo no bairro de Fátima, no centro da cidade do Rio de Janeiro, permaneceu fechado. Os trabalhadoras e trabalhadores paralisaram as atividades e fizeram um protesto contra a patronal pedindo um reajuste salarial de 8%, conforme a inflação, e contra a implementação da reforma trabalhista, pois a empresa está demitindo funcionários antigos para contratar novos pagando menos em piores condições de trabalho. A paralisação é parte da campanha salarial da categoria. O reajuste salarial proposto pela patronal é de 1,5%, ou seja de R$13 por mês ou R$0,40 por dia trabalhado.

Foto: Sindicato dos Comerciários

Em 2017, o governo golpista de Michel Temer decretou que as atividades dos supermercados fossem incluídas na lista de ‘atividades essenciais’. Assim a empresa não precisa mais pagar o adicional de 100% das horas trabalhadas nos feriados. Em resposta, em novembro de 2017, os trabalhadores da rede Mundial de supermercados fizeram uma greve que fez a patronal recuar e se comprometer a pagar a compensação das horas trabalhadas nos feriados. Sendo 100% para funcionários antigos e 50% para os novos funcionários.

Assim, a política de demissões da empresa tem como objetivo a redução dessa despesa reduzindo os funcionários antigos que são os que recebem maior compensação. Essa medida é, na verdade, a implementação da reforma trabalhista na categoria que, como já temos visto, ainda não foi implementada de conjunto dada a alta impopularidade da reforma. Porém, está sendo aplicada separadamente em cada categoria para diminuir a resistência.

Existe insatisfação e muita raiva na categoria pela política da patronal e pela proposta miserável de reajuste, segundo afirma o Sindicato. Se a situação de intransigência da patronal continuar, é muito possível que a categoria de conjunto inicie uma greve em defesa dos direitos dos trabalhadores e por melhoras nas condições de vida. Em meio a uma profunda crise política, econômica e social no Brasil e em especial no Rio.

Entre as pautas da categoria estão o reajuste de 8% nos salários, o reajuste do piso salarial de 8,69 para equiparar com o piso regional de R$1.237, pagamento de comissão sobre o valor total do produto aos vendedores comissionistas que efetivarem a entrega ou troca dos produtos que forem comprados via internet. Compensação de 100% de horas trabalhadas nos feriados, fim do trabalho aos domingos, quebra de Caixa de 10% do salário dos funcionários, que os riscos e prejuízos dos negócios sejam bancados pela patronal. Plano de saúde, vale refeição de R$25/dia.

É preciso que as centrais sindicais como a CTB que dirige o Sindicato de Comerciários levante um plano de lutas efetivo não só para impedir a implementação da reforma trabalhista em cada categoria, mas também para derrubar essa reforma que ataca os direitos e a vida dos trabalhadores.

 
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