(Foto: Reprodução/TV Globo)
“Confundido” por policiais em fotos publicadas nas redes sociais, comparadas com imagens gravadas por câmeras de segurança, ficou uma semana em cela com 80 homens, sem qualquer prova. Um caso que retrata o profundo racismo da polícia e da Justiça burguesa.
O relatório divulgado pela delegada responsável é explícita nesse sentido. Parte de comparações do tipo: os dois são carecas, com orelhas grandes, pontudas e voltadas para fora, a cor da pele, o formato do nariz e o formato da cabeça. Bastaram alguns fenótipos genéricos, ligados a critérios essencialmente racistas, para submeter Antônio a uma situação decadente.
O verdadeiro culpado já estava preso quando a família de Antônio teve que, por conta própria, investigar a situação e revertê-la na última sexta-feira, 20. Não fosse isso, Antônio seria mais um negro no país preso sem provas e direito a um julgamento, vítima do encarceramento em massa que hiperlota celas como a que conheceu. Ele disse não ter dormido durante todo o tempo de prisão, um relato de brutal desumanização e racismo por parte do Estado.
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