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POLÍTICA
Gleisi Hoffmann explica programa do PT: prioridade para responsabilidade fiscal
Amanda Navarro

"O nosso pressuposto é sempre ter responsabilidade fiscal", diz presidente do PT. Um eventual governo liderado pelo partido de Lula será um governo de ataques aos trabalhadores. Não há demagogia que esconda suas promessas ao "mercado".

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Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT e senadora, fez uma série de declarações sobre o programa de governo do PT para a campanha presidencial. Segundo Gleisi Hoffmann, o programa petista para as eleições presidenciais de 2018 conversam "com o povo", e não com o mercado financeiro. Pura demagogia para estampar manchetes, mas na frase seguinte ela explica tudo: "o nosso pressuposto é sempre ter responsabilidade fiscal com responsabilidade social. Nós já governamos o País. Todo mundo sabe como trabalhamos as contas públicas e nós temos que falar com o povo, e não com o mercado", disse Gleisi.

É completamente falso que não governariam para os empresários, tomam como sua regra de ouro a responsabilidade fiscal. E isso só pode significar uma coisa em tempos de crise: cortes na saúde, na educação e reforma da previdência.

O primeiro ponto de desmascara a falsa afirmação de Gleisi é o pagamento fiel da dívida pública: em 13 anos o governo Lula e Dilma entregaram juntos cerca de R$13 trilhões de reais para o imperialismo. A dívida pública é um dos mais importantes mecanismos de saque das riquezas nacionais e de subordinação do país aos mercados internacionais.

Não só foram religiosos pagantes desta dívida ilegal, fraudulenta e ilegítima, como também em sua declaração Gleisi menciona a lei de Responsabilidade Fiscal, que na prática, é uma forma legítima garantida pela constituição de obrigar que 40% do orçamento dos estados seja destinado ao pagamento desta dívida e que se imponha cortes no orçamento federal para garantir o mesmo pagamento. Ou seja, Gleisi deixa claro que o governo petista seguirá sob as rédeas do imperialismo e do mercado financeiro, respeitando a lei que retira verba da saúde e da educação para entregar aos banqueiros dono dessa dívida.

O plano petista tenta reeditar a "era lulista" propondo intensificar a oferta de "crédito barato" a famílias e empresas e fazer uma reforma tributária que promova justiça fiscal. Entretanto, esse projeto velho com uma cara nova é incapaz de ser colocado em prática nos marcos da atual crise capitalista: o governo Lula fez com que bancos nunca lucrassem tanto e foi capaz de dar pequenas concessões à classe trabalhadora uma vez que a América Latina como um todo passava por um "boom econômico" e mesmo em meio a este boom ele fez com que os bancos lucrassem como nunca com os juros da dívida. Em meio à crise capitalista e com as constantes pressões do imperialismo para explorar ainda mais países, o próximo governo que assumir pode enfrentar uma forte crise fiscal, tendo que aplicar reformas ainda mais duras que Temer foi capaz.

Além disso, Gleisi afirmou que o governo petista se proporá a desfazer as privatizações de Temer e revogar a reforma Trabalhista. Se numa situação excepcional não desfizeram nenhuma privatização, pelo contrário começaram a entregar o pré-sal, portos e aeroportos, nunca fariam isso agora. A reforma trabalhista existe graças ao PT e especialmente pela CUT, central sindical dirigida pelo PT, que traiu a greve geral permitindo que esta medida fosse aprovada sem contar sequer com resistência.

O discurso de Gleisi é claro, muita demogagia do que faria para os trabalhadores mas um claro sinal ao "mercado", a primeira preocupação do PT é responsabilidade fiscal, então se preparam tal como Alckmin, Ciro, Bolsonaro, para atacar os trabalhadores.

 
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