Estando há dois meses na chefia do clube militar, o General Mourão, reconhecido por suas posições arque reacionárias, como o apoio à mais repressão com a intervenção federal do Rio de Janeiro e a saudação ao torturador Ustra, está preparando aulas em vídeo para orientar ao menos 115 pré-candidatos que terá as forças armadas nas eleições deste ano.

Mourão, que é conhecido por suas palestras racistas à maçonaria, além da preparação em vídeo das suas ideias retrógradas, disse que seu objetivo é melhor preparar os pré-candidatos, e que por isso o clube militar também vai abrigar palestras e discussões políticas.

Uma das ideias defendida pelo general é o aumento da cláusula de barreira com uma reforma política no Estado, uma medida que só tem como objetivo atacar a esquerda e os trabalhadores, para que não possam se expressar no parlamento. Quer assim formar uma bancada das forças armadas no parlamento.

Mourão se filiou ao PRTB, mas disse que não vai se candidatar por agora, para que possa ajudar a preparar os seus pré-candidatos, em que a maioria, que inclusive são da alta cúpula do exército, apoiam nacionalmente a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL).

Esse é mais um exemplo do maior apetite e presença das forças armadas para serem também interlocutoras da política nacional, questão que deu um salto de qualidade desde o golpe. Para enfrentar esse podre poder é necessário enfrentar todos seus privilégios, inclusive a impunidade em que reina desde a ditadura militar.