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CORRUPÇÃO
Ministério da Cultura investiga ação de Canelinha, após ter sido preso
Débora Torres

Júlio Canelinha foi representante do Ministério da Cultura em São Paulo e no Rio e está preso na Polícia Federal.

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O advogado Júlio de Souza Bernardes, conhecido como Canelinha foi detido na terceira fase da Operação Registro Espúrio. A prisão ocorreu no último final de semana e foi autorizada pelo STF dentro da operação acima citada que investiga um esquema de fraudes e corrupção no Ministério do Trabalho relacionado à concessão de registro sindical.

Júlio de Souza Bernardes atuou recentemente como representante regional do Ministério da Cultura (MinC) nomeado em setembro do ano passado pelo atual ministro, Sérgio Sá Leitão.

Canelinha foi também vice-presidente do Instituto de Pesos e Medidas e subsecretário da Secretaria de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida do Rio de Janeiro. Atuava ainda como chefe de gabinete da secretaria executiva do ministro do Trabalho, Helton Yomura, afastado do cargo pelo STF.

Ainda essa semana mais uma polêmica envolveu o Ministério da Cultura: Seis meses antes do termino do governo golpista de Temer, o ministro Sérgio Sá Leitão resolveu somente agora reestruturar a pasta, demitindo dois de seus seis secretários: Mansur Bassit (Economia da Cultura) e Débora Albuquerque (Cidadania e Diversidade Cultural). Aproveitando a maré, João Batista da Silva (Audiovisual) pediu para sair do cargo. Permanecem: José Paulo Soares Martins (Fomento e Incentivo à Cultura), Paulo Nakamura (interino na Infraestrutura Cultural, no lugar de Alfredo Bertini, que deixou o posto em maio) e Magali Moura (Articulação e Desenvolvimento Institucional, que acaba de ser fundida à da Cidadania e da Diversidade Cultural).

A dança das cadeiras em nada faz avançar qualquer traço de uma política pública que de fato traga a luz da discussão qualquer tipo de avanço para a cultura, que continua a deriva e a mercê dos interesses burgueses e cada vez mais, nos relega a precarização e sucateamento dos projetos e leis de incentivo, que como sabemos há tempos, servem apenas para perpetuar a lógica de mercadoria e consumo, sobretudo, mantendo bem longe das periferias quaisquer possibilidades de desenvolvimento de projetos artísticos que possibilitem que os jovens, negros, crianças e trabalhadores tenham acesso as mais diversas manifestações artísticas em oposição à indústria cultural.

Nesse contexto de aprofundamento do projeto golpista, mais do que nunca a arte anticapitalista deve cumprir um papel de desnudar os absurdos e trazer a discussão sobre os ideais revolucionários em diálogo com a classe trabalhadora.

 
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