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REVOLUCIONÁRIA
Frida Kahlo: Aniversário de 111 anos
Gabriella Novais
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Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón, ou apenas Frida Kahlo, nasceu no México em 1907, mas afirma em seu diário, ter nascido em 1910, juntamente com a Revolução mexicana. Pintora surrealista, revolucionária marxista e bissexual, pintou em suas obras a difícil vida que levou, até sua morte precoce, aos 47 anos. Nelas, também retratava questões sociais e sua militância.

Frida sofreu de poliomelite, (antiga doença que voltou a atacar brasileiros), passou por um acidente de bonde que deixou graves sequelas e alguns abortos espontâneos durante a vida. Apesar disso, era militante e nunca deixou as preocupações sociais e políticas. Aos 13 anos começa a se reunir com a Liga Jovem Comunista e aos 20 filia-se ao Partido Comunista Mexicano agitada pela Revolução Mexicana na época. Na Escola Nacional Preparatória também compunha um coletivo político com horizonte socialista.

Apesar da deficiência e da perna amputada, que passou a cobrir com saias coloridas que viraram sua marca, não deixou de comparecer a atos e manifestações de rua, como a manifestação contra o golpe de Estado na Guatemala que derrubou Jocobo Arbens.

Frida Kahlo, New York, 1933. Ao fundo, o painel “Proletarian Unity”, de Diego Rivera.

Na sua vida, a arte teve papel de superação e militância. Suas obras, em sua maioria autorretratos, são profundas, politizadas e questionadoras.

“La cama volando” (1932), Frida Kahlo, obra em que retrata a seus abortos.

“Mi nacimiento” (1932), Frida Khalo.

Uma de suas pinturas aperece com Diego Riviera, muralista e militante, com quem teve um relacionamento durante grade parte de sua vida. O casal defendia a não monogamia, apesar da relação controversa.

“Frida Kahlo y Diego Rivera” (1931), Frida Kahlo

Com o tempo sua saúde se debilitou ainda mais, até sua morte em 13 de julho de 1954, com 47 anos. Sua última obra foi “O marxismo trará saúde aos enfermos”, de 1954.

“El marxismo dará salud a los enfermos” (1954), Frida Kahlo.

Mais de 100 anos depois, Frida ainda é símbolo do feminismo e de luta contra o sistema que tanto a oprimiu e oprime mulheres até hoje. Apesar de ter sua trajetória revolucionária frequentemente apagada, Frida nos lembra que não é descolado de uma luta anticapitalista que será possível a completa emancipação da arte, das mulheres e de toda a humanidade.

 
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