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DESEMPREGO
Crise e ofertas de emprego precários, fazem brasileiros desistirem de procurar trabalho
Pedro Rebucci de Melo

A crise econômica está longe de acabar, pelo menos no que diz respeito ao desemprego, aspecto que mais diz respeito aos trabalhadores.

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Dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio Contínua (PNADC) do IBGE apontam que o número de pessoas que poderiam estar trabalhando mas desistiram de procurar emprego, o chamado desalento, bateu recorde no primeiro trimestre de 2018 chegando a 4,1% do total da força de trabalho potencial, o que significa 4,6 milhões de brasileiros sem perspectiva de conseguir um trabalho.

Segundo a análise realizada pelo IPEA em sua Carta de Conjuntura, esse aumento seria originado por um número crescente de pessoas que perdem o emprego e não procuram uma nova colocação ou procuram por pouco tempo, ficando pouco tempo na estatística de desempregados.

Isso demonstra a piora na qualidade dos empregos oferecidos depois da reforma trabalhista do governo Temer, que instituiu uma serie de novas modalidades de trabalho que permitem que os patrões ofereçam vagas que não chegam nem perto de suprir as necessidades básicas de um trabalhador, que desiste de procurar trabalho diante da predominância dessas vagas de baixa qualidade.

Entretanto, o maior número de pessoas sem procurar emprego não significou uma queda no número de desempregados efetivos, que estão procurando emprego. Segundo os dados da PNADC, o número de pessoas ocupadas permanece estável desde o início do ano, com a criação de novas vagas de trabalho estagnadas e o número de desempregados voltou a subir no primeiro trimestre, atingindo o maior patamar da série histórica.

O tempo que as pessoas permanecem desempregadas também aumentou, com 23% dos trabalhadores desempregados procurando emprego a mais de dois anos em comparação com 17% na mesma condição em 2015.

Esses dados demonstram de forma transparente a enorme mentira que é o tão difundido "fim da recessão" que o golpista Temer e a grande imprensa anunciaram no início do ano e como a crise econômica continua mais atual do que nunca.

 
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