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JULGAMENTO LULA
Judiciário segue avançando no golpe e PT não se move para defender o direito ao voto
Redação

A prisão arbitrária do ex-presidente Lula foi um ataque contra o conjunto da população, que teve seu direito elementar ao voto - um direito mínimo na democracia burguesa - atacado através de um judiciário golpista. Frente à isso, o PT se recusa a mobilizar trabalhadores contra este ataque, e segue tentando inocentar Lula ou acordar uma prisão domiciliar, apoiando-se em negociações com a cúpula golpista da toga.

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Na última sexta-feira, 22, o ministro do STF Fachin negou o pedido da defesa para aguardar o julgamento em liberdade, e enviou o pedido para que seja julgado no plenário da Corte. Ou seja, o pedido de liberdade deve ser pautado apenas em agosto, às vésperas da definição oficial dos nomes para a eleição.

Semanalmente há maiores escaladas do Judiciário para intervir no processo eleitoral de acordo com seus interesses e jogos políticos, se utilizando de todos os recursos para impor seus planos.

Este salto do Judiciário como árbitro da crise nacional, que rasga e emenda a Constituição conforme os jogos políticos da ocasião, expressa, como já temos apontado, um maior autoritarismo deste poder e também é mais uma das expressões da continuidade do golpe, que quer, além de descarregar cada vez mais ajustes sobre as costas dos trabalhadores e do povo pobre, intervir diretamente na decisão da população e impedi-la de votar em quem quiser, para assim garantir melhores condições a um candidato que seja um defensor mais aberto do programa de ataques levado a cabo pelo golpe institucional.

Do outro lado, o PT assiste parado, se negando há tempos a colocar em movimento a força do trabalhadores em defesa dos direitos que nos vem sendo retirados com maior rapidez pelo governo Temer. Frente a um direito legítimo e básico, que é o voto, a cúpula petista não se mobiliza e nem mesmo para inocentar a sua figura mais importante.

Nos opomos veementemente a essas medidas bonapartistas do Judiciário, assim como nos opomos à prisão de Lula, sem que isso signifique apoiar a política traidora de conciliação dos petistas com os capitalistas, a direita e sua submissão ao imperialismo tão vivamente expressa em ter sido os governos do PT os que mais enriqueceram os donos da dívida.

De parte das centrais sindicais e sua aceitação do golpismo e seus ataques já há anos de mostras de aceitação e passividade, agora, os jornais debatem uma divergência da direção petista sobre a linha de condução da defesa jurídica, para aumentar a conciliação.

O advogado Cristiano Zanin Martins, que integra a equipe de defesa de Lula, declarou abrir mão do pedido de prisão domiciliar em recurso ao STF. A decisão do advogado gerou divisões no petismo sobre como conduzir a defesa de Lula e, segundo Zanin, a desistência do recurso é em virtude de Lula querer demonstrar ainda sua inocência plenamente. Zanin já foi criticado antes pela cúpula do PT por uma defesa "muito política" e pouco "técnica", daí que nos últimos recursos Lula tenha utilizado do ex-ministro do STF Sepúlveda Pertence. O PT pode estar buscando maior coerência entre sua passividade na luta de classes com uma defesa jurídica mais conciliatória.

 
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