Marcada para hoje, 26, a votação da “reforma da previdência” de Crivella, com a taxação de servidores inativos, motivou protestos por parte de servidores municipais do Rio. A manifestação em frente à Câmara Municipal foi duramente reprimida pela polícia, que logo no início já ameaçava professores com uma arma de bala de borracha (veja vídeo abaixo):
Cerca de 1200 servidores, em sua maioria da educação, mas incluindo diversos setores do funcionalismo, estão na manifestação. A votação, prevista para as 14h, está atrasada e ainda não iniciou. Um professor, ao menos, foi preso pela polícia. Os manifestantes, respondendo à absurda repressão policial, fecharam a rua em frente à Câmara com uma caçamba de lixo.
Além do professor preso, há diversos feridos, alguns tiveram que ser levados ao hospital, entre eles uma professora desmaiada atingida por cassetetes e bombas.
A reforma da previdência de Crivella faz parte dos ataques que vem sendo feitos ao funcionalismo do Rio – o pacote contra servidores estaduais foi aprovado já no ano passado com direito a muita violência contra os servidores estaduais que protestavam.
Em São Paulo, o prefeito João Doria também tentou implementar sua reforma da previdência municipal, o chamado SampaPrev, mas teve que enfrentar uma impressionante greve dos professores municipais que colocou dezenas de milhares nas ruas. Também lutando contra a repressão policial, os professores de São Paulo conseguiram adiar a votação do projeto em quatro meses, uma importante vitória frente a um dos principais governos tucanos no país.
Nos solidarizamos com a luta dos servidores cariocas e seguimos lado a lado pela derrubada da reforma da previdência de Crivella.
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