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Governo federal teria que desembolsar R$ 76 bi para conclusão de obras paradas
Redação

A taxa de investimento do governo federal já é a menor em uma década. Sob a justificativa da crise fiscal, a União promove enormes ajustes com a aprovação do teto de gastos e diminui o investimento e os gastos sociais. Em contrapartida, todos os esforços econômicos são realizados para garantir o pagamento dos juros da dívida publica do país.

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A pesquisa que chegou a cifra de R$ 76 bilhões foi realizada pelo Câmara Brasileira da Indústria da Construção - CBIC com o apoio do Senai - ligado a Fiesp. O estudo abarca mais de 7 mil obras paralisadas da esfera federal, englobando desde projetos de de grande monta como ferrovias à creches e saneamento básico. Os números encontrados estão subestimados porque não consideram outros entes federativos como estados e municípios. Pelas estimativas do estudo, se incluídas essas obras, o volume de projetos paralisados no País sobe para R$ 144 bilhões.

O interesse da Fiesp é no sentido de aumentar a produtividade do país, o desenvolvimento de infraestrutura é apenas um lado disto. Porque também são favoráveis a aprovação e implementação da reforma trabalhista junto com a reforma da previdência para diminuir os gastos públicos. No entanto, algumas conclusões são interessantes.

Segundo esse estudo, realizado pelo setor de industriais da burguesia, a continuidade das obras de saneamento básico significaria um gasto menor do que aquilo que o governo gasta combatendo o mosquito Aedes Aegypti nas cidades que tem menor acesso a saneamento do país. As cidades têm projetos inacabados no valor de R$ 147 milhões enquanto os custos com internações e afastamento do trabalho por doenças transmitidas pelo mosquito somam R$ 300 milhões. O mesmo se conclui para outros tipos de obras de construção civil paradas, que leva ao desgaste do investimento já realizado e obriga que seja necessário retomar do início.

No entanto, as conclusões do estudo são parciais, porque a falta de investimentos do governo federal é apenas um dos motivos dos atrasos das obras.

Uma grande parte dos investimentos realizados custam mais por conta de rescisão com as construtoras envolvidas, e o caso do Hospital do câncer de Sergipe que está em processo para realização de nova licitação. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde de Sergipe, a empresa vencedora da licitação anterior não atendeu às exigências e teve o contrato rescindido. Este tipo de operação é regra com obras de empresas terceirizadas são regra no setor público, tirando dinheiro da população para empresas de amigos dos governantes que recebem parte do dinheiro e nunca concluem suas obras.

É a eficiência para retirar os recursos públicos e fazer do estado um balcão de negócios dos governantes da burguesia que favorece seus amigos empresários. Enquanto isso, os trabalhadores e a maioria da população ficam sem obras de saneamento básico e sem creches para os seus filhos.

O discurso do governo é de que não tem dinheiro e para isso a burguesia se unifica para que os trabalhadores paguem a conta com ataques como a reforma da previdência, mas anualmente o estado brasileiro realiza um esforço econômico de 1 trilhão de reais para o pagamento de juros e amortização da dívida pública. Por isso que o Esquerda Diário está realizando a campanha pelo Não pagamento da dívida pública, para que a economia esteja a serviço da maioria da população e não de um grupo pequeno capitalistas nacionais e estrangeiros.

 
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