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GREVE DA USP
“Estamos lutando por um hospital para toda a população” diz Barbara trabalhadora da USP
Redação

Os trabalhadores da USP (Universidade de São Paulo) seguem em greve em defesa da universidade pública e para que o Hospital Universitário seja 100% estatal e atenda a população com a contratação de mais profissionais e sem terceirização. Essas demandas mostram como são os trabalhadores e os estudantes que de fato estão lutando para que o conhecimento da USP e sua estrutura esteja a serviço dos trabalhadores e da população mais pobre, o oposto da política privatista da reitoria e do governo tucano do Estado de São Paulo.

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A trabalhadora do HU, Barbara Dellatorre falou ao Esquerda Diário nessa quinta-feira, dia de ato na Universidade, “os trabalhadores do HU exigem a utilização dos 48 milhões destinados pela ALESP ao Hospital Universitário para viabilizar as contratações, por concurso USP, de todos os profissionais das áreas médica, enfermagem, administração, nutrição, laboratórios, farmácia, higiene e demais necessários para reabertura do Pronto Socorro Adulto e do Pronto Socorro Infantil, reativação dos leitos, salas cirúrgicas e do atendimento ambulatorial, permitindo que o HU volte a funcionar com 100% de sua capacidade de ensino, pesquisa e de atendimento a comunidade USP e a população e garantindo aos funcionários do Hospital Universitário condições dignas de trabalho para que não adoeçam e que estejam de acordo com as normas do COREM, CRM, CRF e Vigilância Sanitária”.

O HU vem restringindo o atendimento à população, o que é um absurdo frente a precariedade do sistema de saúde público e as condições que tem o Hospital para dar atendimento de qualidade. A greve dos trabalhadores e estudantes tem essa como uma das pautas principais. Para Barbara o hospital, assim como a Universidade, deveria ser totalmente estatal, com funcionários contratados diretamente pela universidade e incorporando os atuais terceirizados ao quadro efetivo sem necessidade de concurso. Bem como defende que o HU e a USP seja gerida pelos próprios trabalhadores e estudantes, acabando com a atual reitoria e concelho universitário, que são uma camarilha privilegiada que ganham altos salários, podendo ultrapassar os 30 mil, e orientam a universidade de acordo a interesses do governo de São Paulo e de empresas.

O projeto de privatizar o HU não é da população, mas sim dessa casta da burocracia acadêmica, como explica Barbara “A greve dos trabalhadores em 2014 impediu a desvinculação do HU, ou seja, que sua administração fosse transferida para o estado ou município e, dessa forma, passasse para as mãos da iniciativa privada, como é prática nessas esferas onde a administração da verba pública é feita por Organizações Sociais de Saúde ou Fundações privadas. Com isso, os trabalhadores colocaram um freio nos objetivos da reitoria e do governo de privatização do hospital e da saúde em geral. Essa foi uma grande conquista, assim como ter retomado a confiança na luta e na organização dos trabalhadores”.

Por esses motivos é tão importante apoiar a greve da USP, a vitória dela significa a vitória do projeto dos trabalhadores e interesse da população. Sabemos que o governo Temer vem aplicando diversos ataques aos direitos sociais e numa onda privatista, o projeto golpista é parte da pressão imperialista para garantir mais lucros e o pagamento da Divida Pública, que na realidade é o roubo das riquezas nacionais. Para garantir esse pagamento ao imperialismo frente a crise econômica o governo Temer vem atacando a população, como instipulando a lei do teto dos gastos, que impede que seja investigo em saúde e educação, enquanto só cresce o valor da divida pública.

“Por tudo isso, defendemos o não pagamento da divida pública, que só vem aumentando desde o período do Brasil colonial, e que só mantém a subordinação nacional ao imperialismo. O governo do PT fala em avanços sociais no seu governo, contudo foi os governos que mais pagaram a divida pública. Para de fato enfrentar os ataques que sofremos hoje, é preciso por fim a esse roubo e lutar em defesa da saúde pública gratuita como um direito universal, com garantia de financiamento 100% estatal, com a participação e controle dos trabalhadores e usuários, por fim às fundações privadas e OSS, efetivando os trabalhadores terceirizados, e inverter o curso privatizando que a reitoria, os governos e até mesmo a maioria dos professores da FMUSP vem implementando”, termina Barbara.

 
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