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USO MEDICINAL DA MACONHA
Fiocruz desenvolve projeto para medicação à base de maconha
Débora Torres

Com objetivo primordial de desenvolver um fitoterápico para tratamento de epilepsia refratária, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) aguarda a regulamentação do projeto pela Anvisa. A discussão acerca do projeto escancara que, mesmo sob o preço de curar doenças, a produção medicinal com maconha ainda é tratada com conservadorismo e hipocrisia.

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Com objetivo primordial de desenvolver um fitoterápico para tratamento de epilepsia refratária, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) aguarda a regulamentação do projeto pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e já tem reunião agendada para apresentação da “proposta de iniciativa” agora em julho.

Desde o ano passado, a Cannabis está na lista de plantas medicinais da Anvisa e desde 2015 o uso de canabidiol para fins terapêuticos é permitido no Brasil. Ainda assim, diversas famílias precisam recorrer à justiça para obter o direito de plantio e cultivo domiciliar, para que o tratamento necessário seja mais acessível. Hoje o tratamento com extratos de canabidiol tem custo estimado entre R$ 1 mil e R$ 5 mil mensais, ou seja, uma boa parte dos pacientes que seriam beneficiados com este tratamento ficam à deriva.

Hoje ocorrerá uma audiência pública no Senado para ressaltar a importância da existência de uma lei que permita o plantio doméstico da Cannabis para preparo do extrato usado pelos pacientes. Segundo relatos de pacientes e familiares, tal medida seria um grande avanço para que mais pessoas possam ter acesso ao tratamento.

E a legalização da maconha?

Os golpistas se escondem atrás de um discurso de “combater às drogas”, “erradicar a violência” para justificar, por exemplo, a intervenção federal no Rio de Janeiro, que nada mais é que um ataque direto e brutal aos pobres nas periferias. A dita “guerra às drogas”, a criminalização e a proibição do uso de substâncias é na verdade o que mantém ativo o tráfico, que por sua vez, beneficia diversos setores da burguesia e seus aliados, tais como os grandes empresários, o próprio sistema judiciário, e a polícia que, juntos, formam uma verdadeira rede de corrupção e máfia.

O grande objetivo por trás da proibição é, portanto, a manutenção do lucro nas mãos dos mesmos e poucos capitalistas.
O debate sério e profundo sobre a criminalização e proibição das drogas nos levará também a debater sobre quais são os reais interesses dos capitalistas de não querer a legalização.

Mostras como essa, de que a utilização da Cannabis pode ser funcional à criação de diversas substâncias que curam ou auxiliam diferentes doenças, são verdadeiros exemplos de que, se não fosse o conservadorismo irracional de tantos governos e instituições, poderíamos há muito tempo já ter começado a poupar muitas vidas.

É preciso lutar pela legalização não somente da maconha, mas de todas as outras drogas. Além disso, garantir que a produção e comercialização esteja nas mãos dos trabalhadores para garantir que não seja apenas mais uma fonte de lucro de empresários e capitalistas.

 
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