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EXÉRCITO
Presidenciáveis submetem suas agendas econômicas ao aval do General Villas Bôas
Mariana Duarte
Estudante | Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo

Em uma tentativa de aumentar os investimento no Exército Brasileiro e também aumentar seu poder de influência política, o reacionário Comandante do Exército Eduardo Villas Boas se reúne com presidenciáveis, manifestando "preocupação" com a falta de investimento em "projetos estratégicos".

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Ao longo das últimas semanas, Villas Boas se reuniu com Álvaro Dias (Podemos), Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSDB) e Ciro Gomes (PDT), e ainda pretende se reunir com Fernando Haddad (PT) em nome do PT para que “reconheçam a importância do Exército para a defesa do país.”

Tais reuniões na realidade pouco tem a ver com a suposta defesa do país que Villas Boas se refere. Na realidade, todo o interesse gira em torno do aumento nos repasses ao Exército e também aumentar a influência política que os militares podem ter nas políticas dos possíveis candidatos, também como parte do papel que esse setor tem tentado desenvolver na política nacional.

O chamado feito aos presidenciáveis trata-se da primeira vez após o fim do período ditatorial em que a instituição do Exército tenta influir sobre o programa de governo dos candidatos ao planalto. Ou seja, tem ficado cada vez mais claro o objetivo do Exército de interferir politicamente no país, ser diretamente um ator político que pode opinar e intervir nos rumos do país.

É importante lembrar que o general, em um dos processos mais reacionários que vimos nesse ano de 2018, a prisão totalmente arbitrária do ex-presidente Lula, chegou a fazer ameaças e chantagens em relação a prisão, colocando em demais declarações que as reais ameaças a democracia em nosso país são a banalização da corrupção, a impunidade e a insegurança ligada ao crescimento do crime organizado e a ideologização dos problemas nacionais, como se o sequestro do voto de milhões com a prisão de Lula e as arbitrariedades do Judiciário fossem "aulas de democracia".

Esses elementos de caráter reacionário da situação em que o país se encontram, com maiores e mais profundas arbitrariedades do Judiciário, com a tentativa de maior inserção do Exército e cada vez mais reformas antipopulares são claros ataques aos trabalhadores e a população, e justamente obtiveram maior abertura para atuar no cenário político nacional porque os governos Dilma e Lula e as direções sindicais permitiram esse fortalecimento da direita através de suas alianças e acordões durante toda a existência do PT e principalmente em seus anos de governo.

A única maneira de impedir o avanço dessa direita é com os trabalhadores se organizando com seus próprios métodos e com absoluta independência de classe.

 
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