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GREVE NA USP
Trabalhadores da FFLCH apoiam alunos contra professores que desmontaram piquete estudantil
Bianca Coelho - Estudante de Letras USP
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Nesta segunda-feira, trabalhadores e estudantes em greve na FFLCH-USP foram surpreendidos por um ato de professores da Filosofia contra o piquete feito por estudantes, método de luta utilizado exatamente para evitar que os professores que não aderem as greves não pressionem os alunos a continuarem comparecendo nas aulas e também impedir que trabalhadores não sofram qualquer tipo de assédio moral da chefia para continuar suas atividades.

Esses professores já haviam se organizado durante o final de semana no fim de semana, quando não havia ninguém na faculdade, para desmontar o piquete. Os estudantes fizeram uma nota de repúdio sobre o acontecido e os trabalhadores, em assembleia geral, assinaram, sem nenhum voto contra, a carta dos estudantes contra essa atitude do grupo de professores da Filosofia, e organizaram uma moção de apoio aos alunos, contra qualquer repressão aos seus métodos de organização.

Hoje, durante o “ato” chamado pelos professores contra o piquete, os trabalhadores da FFLCH chegaram cantando “ô estudante, pode lutar, trabalhadores estão aqui pra te apoiar”, mostrando a necessidade de unidade entre as categorias, aliança necessária para vencer o projeto privatista que Marcio França e os golpistas querem impor para a educação. A categoria dos professores é das mais heterogêneas, contando com aliados que constroem ações unificadas, aulas públicas etc., nos quais devemos nos apoiar, e inimigos como este caso, que devemos combater.

Essa aliança precisa se dar nas 3 categorias entre aqueles que estão ao lado da classe trabalhadora, defendendo seus direitos dentro da universidade, por isso os estudantes precisam ser linha de frente contra o arrocho salarial e pelo pagamento dos dois meses de salário cortados na última greve, e em contrapartida recebem apoio dos trabalhadores em suas pautas de permanência e contra a repressão da burocracia acadêmica.

É fundamental que essa aliança se dê também para além dos muros da universidade, deixando claro para a população, que é quem financia a universidade, que lutamos para que a educação superior seja para todos, e queremos que lutem junto conosco para que a juventude pobre não precise mais se endividar em faculdades privadas, mas sim que estas sejam estatizadas sobre controle dos que nela trabalham e estudam. Só assim poderemos impor o fim desse filtro social e racial absurdo que é o vestibular e garantir ensino superior para toda a demanda, colocando a universidade a serviço da classe trabalhadora.

 
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