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MARINA SILVA
Economista de Marina Silva elogia Temer e diz que Reforma da Previdência é prioridade
Diego Nunes

Eduardo Gianneti, economista da equipe de Marina Silva, não poupou elogios ao programa "Ponte Para o Futuro" de Temer. Ao jornal El País, ele disse que o problema do Brasil é que as reformas impopulares não saíram como planejado, mas que foram corretas. A candidata prepara seu possível governo para aprovar ataques profundos aos trabalhadores e destinar a riqueza do país aos grandes acionistas internacionais.

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Para se dizer crítico ao governo Temer, o economista reclama que ele não soube aproveitar seu capital político no início, porque segundo Gianneti, a primeira reforma que Temer deveria ter aprovado deveria ter sido a mais difícil: a da previdência. Para o economista de Marina, era a chance de Temer tentar fazer com que trabalhássemos por pelo menos 10 anos a mais e passássemos a ter uma miséria de aposentadoria.

"Era uma situação sem a menor perspectiva. Então, do ponto de vista econômico, foi um alívio ter uma boa equipe econômica, uma mudança para melhor na governança das estatais e ter um programa de reformas, que no geral é bem correto, a Ponte para o Futuro, que coloca uma agenda de mudanças para que o país volte a recuperar o crescimento e a sustentabilidade das contas públicas." Veja a entrevista com Giannet aqui.

Depois, com o escândalo da JBS Temer perdeu a credibilidade para aprovar as reformas necessárias, para o mentor econômico de Marina, pois vê o programa ponte para o futuro como o melhor caminho para que o país "volte a recuperar o crescimento e a sustentabilidade das contas públicas." Para quem não lembra a "Ponte para o Futuro" é o documento de Temer que anunciava o congelamento de gastos com saúde, educação, a reforma trabalhista e da previdência, como parte de destinar maior parte do PIB para pagar juros da dívida.

Gianneti afirma isso diante do arrocho ao trabalhador cada vez mais forte, fruto por essa política a serviço da dívida pública, enquanto o desemprego cresce, hospitais ficam em frangalhos, os combustíveis saltam junto ao custo de vida, e os salários ficam cada vez mais defasados. Essa dívida é ilegítima e fraudulenta que retira trilhões de reais do dinheiro público que poderia estar sendo aplicado em benefício da população.

Assim, a candidatura de Marina Silva é mais uma entre tantas que acena para os capitalistas dizendo: "invistam em nós" prometendo as reformas que tanto falam para descarregar a crise nos de baixo e manter fidelidade ao fluxo de dinheiro público que vai pra os seus bolsos por meio da dívida pública.

Enquanto Temer bate recordes de impopularidade, segue o baile eleitoral partidos como Rede Sustentabilidade, mas também o PDT de Ciro, Bolsonaro, ou mesmo Lula, ávidos em convencer que aprofundarão os ataques a classe trabalhadora, de uma forma ou de outra. Porém, nem o PT, nem PC do B e nem Guilherme Boulos colocam a dívida pública como o centro do problema econômico do país. Cada um ao seu modo quer ser a alternativa burguesa e não proletária, sem se enfrentar contra o principal mecanismo de controle imperialista dos recursos nacionais em tempos de protecionismo e fuga de capitais para os EUA.

 
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