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PRIVATIZAÇÃO
Nacionalista? Bolsonaro, ao contrário da maioria dos brasileiros, quer os EUA donos da Petrobras
Yuri Capadócia

A última pesquisa Datafolha divulgada expôs uma flagrante contradição: enquanto Bolsonaro cresceu nas pesquisas, avançou de 15% em abril para de 19%; os números também apontam que a ampla maioria de seus eleitores (61%) são contrários a privatização da Petrobras, bandeira defendida em várias declarações pelo presidenciável.

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A última pesquisa Datafolha, a primeira realizada após o movimento dos caminhoneiros, além de apontar um crescimento de Bolsonaro, avançando de 15% para 19%, ao questionar os eleitores do pré-candidato reacionário, apontou que desse mesmo grupo 61% são contrários a privatização da Petrobras, bandeira que Bolsonaro já defendeu em algumas oportunidades, como em uma entrevista à Bloomberg nos EUA em que foi demonstrar serviço ao imperialismo. A evidente contradição demonstra como o "mito Bolsonaro", que foge dos debates e sabatinas para não ter de expor seu programa, se constrói em base ao obscurantismo de suas posições.

A rejeição a entregar a Petrobras para o imperialismo não acontece somente entre os potenciais eleitores do reacionário candidato mas também no conjunto da população. Segundo a pesquisa Pulso Brasil, da IPSOS 61% da população não votaria em quem defender entregar a empresa símbolo do país.

Bolsonaro defende não só a entrega da Petrobras, como já declarou ver com bons olhos a fusão da Embraer com a Boeing, e até a liberação da Amazônia para a exploração comercial por estrangeiras. Ainda assim, na mitologia criada por ele em torno da sua figura, é tido por seus eleitores como um patriota.

A pesquisa da Datafolha também demonstra qual foi o saldo político do movimento dos caminhoneiros: fortalecer, ainda que em base a confusão, a candidatura reacionária de Bolsonaro. O pré-candidato que de imediato se posicionou favorável ao movimento, conseguiu capitalizar o reacionarismo dele (expresso nas reivindicações por intervenção militar), mesmo propondo soluções, a privatização da Petrobras, rechaçadas pela maioria da população.

A contradição expressa nos números, demonstra como a falta de uma visão de independência de classe, misturando as bandeiras, só auxilia a cooptação pela direita. Sem independência de classe a esquerda continua indo a reboque de qualquer movimento, contribuindo para o fortalecimento da direita. Bolsonaro, não faltam provas defende o completo oposto do que necessitam os trabalhadores, a todos aqueles que se iludem com palavras fortes temos que mostrar não somente que defende a tortura e o assassinato, mas também a reforma da previdência para acabar com o direito de aposentadoria e a completa entrega dos recursos nacionais ao imperialismo. O nacionalismo de Bolsonaro é Made in USA.

 
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