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CINGAPURA
Cúpula entre Donald Trump e Kim Jong-um
Diego Dalai
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A tão esperada reunião começou entre apertos de mão, sorrisos e frases otimistas, mas ainda não aprofundaram os conteúdos das discussões e nada assegura que esse clima perdure.

O presidente estadunidense, Donald Trump, e o líder norte-coreano, KimJong-um, iniciaram uma cúpula histórica em Cingapura junto aos principais nomes das respectivas delegações. O encontro é de grande importância pois é a primeira vez que acontece uma reunião dessa magnitude desde a Guerra da Coreia (1950/53) que formalmente nunca concluiu.

Houve uma primeira reunião exclusiva entre ambos mandatários que durou 48 minutos aproximadamente e sobre a qual Trump declarou que “deu muito, muito certo”. Kim, também em tom conciliador, disse que “os velhos preconceitos e práticas foram um empecilho em nosso caminho, mas já os superamos e estamos aqui hoje”. “Exatamente”, lhe respondeu o residente da Casa Branca.

Posteriormente foi realizada uma segunda reunião de aproximadamente uma hora e meia da qual participaram as delegações de ambos países integradas pelos chanceleres e os principais assessores. Por parte dos Estados Unidos estiveram o Secretário de Estado Mike Pompeo, que foi um dos nomes chave para a preparação da cúpula e tinha se reunido duas vezes com Kim em Pyongyang, o chefe de gabinete John Kelly e John Bolton, assessor de segurança nacional de Trump.

Do lado Norte-coreano, participou Kim Yong-chol, considerado um dos colaboradores mais próximos de Kim e uma das figuras de mais peso do regime enquanto a relações internacionais e espionagem. A mesa foi conformada por Ri Yong, atual chanceler norte-coreano, Ri Su-Yong, ex-chanceller e uma outra figura considerada muito próxima do líder norte-coreano que já foi embaixador na Suiça quando Kim Jong-um estudou na sua infância naquele país.

No inicio desse encontro Kim comentou que agradecia poder estar ali para “falar de temas importantes” e prometeu colaborar com Trump, que afirmou: “vamos trabalhar para resolver os problemas juntos”.

Mas, para além dos gestos e declarações de rigor, que parecem tiradas de um roteiro para a imprensa internacional, a negociação de fundo é extremamente delicada. Kim tem conseguido finalmente a bomba atômica e os mísseis necessários para transportá-la fora do oceano, tornando-se uma ameaça considerável para a Casa Branca e provavelmente o principal motivo pelo qual Trump aceitou sentar para negociar.

Estados Unidos agora pretende eliminar a capacidade nuclear norte-coreana para o qual submete o país a fortes sanções econômicas e mantem uma grande presença militar junto ao exercito da Corea do Sul provocando uma tensão permanente no conjunto da península.

Coreia do Norte, dificilmente aceitaria o desarme sem que o faça também o seu vizinho do sul, o que incluiria um retiro, pelo menos parcial das forças estadunidenses. Conciliar esses interesses será extremamente complexo, mais ainda considerando que Trump, na sua batalha com a China (seu verdadeiro adversário na região) não pode expressar debilidade ou ceder terreno no âmbito militar.

Assim, o mais provável é que a distensão e o clima amigável não passe dos apertos de mão para a imprensa.

 
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