Foto Sintusp
Contra o aumento do teto salarial que beneficia o alto escalão e a burocracia
No dia em que deflagramos nossa greve contra o desmonte da universidade pública e o arrocho salarial os deputados da assembleia legislativa de São Paulo o aumento do teto salarial dos servidores do alto escalão do estado que passarão a ter como referência o salário de desembargado do Tribunal de Justiça (R$ 30.471,11) e não mais o salário do governador do estado (R$ 2.388,14). Um aumento de mais de 8 mil reais para aqueles que já ganham salários altíssimos.
Tal aumento significa nos próximos 4 anos o custo de 1 bilhão de reais saídos dos cofres públicos para beneficiar apenas 4 mil servidores do alto escalão e burocratas do Estado inteiro, deixando claro que esse aumento é para beneficiar a aqueles que já tem altíssimos salários e privilégios. Só na USP a parcela do orçamento comprometida com a folha de pagamento após o aumento do teto será de 22%. Não à toa a reitoria e os burocratas do Conselho Universitário aguardavam ansiosos pelo aumento do teto, que os beneficiam, enquanto atacam os trabalhadores com arrocho salarial e precarização.
Enquanto responsabiliza os trabalhadores pela crise financeira da USP, fecha creches, ataca o hospital universitário que atende a população, amplia a terceirização e nega que sete trabalhadores terceirizados possam comer a comida que ajudam a produzir no bandejão, Vahan e a alta cúpula se beneficiam desse escandaloso aumento.
O governador Marcio França e o PSDB (que votou a favor do aumento do teto), fazem demagogia se dizendo contrários ao aumento, para acusar o funcionalismo público de ter privilégios, mas não dizem que são os responsáveis pelos ataques às universidades e à educação públicas e são seus aliados os principais beneficiados.
As associações docentes defenderam a manutenção de tal pauta absurda, que privilegia aqueles que já ganham altos salários, na pauta unificada do Fórum das Seis. Os trabalhadores da USP reafirmam a posição contrária ao aumento do teto salarial e a urgência da defesa da educação e universidades públicas. São as verbas da universidade que servirão para pagar esses altíssimos salários de burocratas do Conselho Universitário e a alta cúpula da reitoria, ao invés de servirem para mais contratações para o HU e para a USP, reabertura das creches e mais permanência estudantil.
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