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DENÚNCIA
MG: Petroleiros atrasam entrada contra suspensão de operador e pelo direito de greve
Redação
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Menos de uma semana após o fim da greve petroleira, a direção da Petrobras puniu com uma suspensão de 5 dias o petroleiro Leonardo Auim, operador da Refinaria Gabriel Passos em Minas Gerais (Regap) e membro da oposição Tocha Petroleiros. Petroleiros do turno da refinaria, em repúdio a essa perseguição, atrasaram em uma hora a entrada no dia de hoje, 07/06.

Essa é uma ação repressiva e anti-democrática da direção da Petrobras, pois fere o direito constitucional de greve. Se torna ainda mais repugnante por punir um trabalhador após 16 horas de trabalho ininterruptas operando máquinas complexas e perigosas em função do corte de rendição.

Essa punição foi antecedida pela medida arbitrária do judiciário golpista que acatou o pedido de Temer e declarou a greve petroleira ilegal antes mesmo de ela começar, multando com valor milionário cada dia de greve, primeiro com 500 mil depois com o valor de 2 milhões a cada novo dia de greve.

Petroleiros têm afirmado que em outras unidades também estariam ocorrendo punições. Enquanto isso, Temer, em acordo com o novo presidente da Petrobras, efetivou hoje a maior entrega de riquezas naturais do país nas últimas décadas, com o leilão em que entregou a preço de banana blocos de exploração das bacias de pré-sal aos grandes monopólios internacionais do petróleo.

Em protestos, com atraso na entrada dos turnos, ocorridos contra o leilão do pré-sal, trabalhadores da Revap (em São José dos Campos - SP) e da Refap (Canoas - RS) também repudiaram a perseguição antissindical ocorrida na Regap e outras unidades.

Repudiamos energicamente essas medidas punitivas contra os petroleiros, nos posicionamos contra toda forma de ataque ao direito constitucional de greve, e em apoio aos petroleiros por lutarem em defesa de direitos, contra a privatização da Petrobras e do pré-sal.

Leia a seguir depoimento do petroleiro Leonardo Auim, divulgado em redes sociais:

Hoje, fui punido no trabalho. Suspensão de 5 dias.
Motivo: trabalhei 16h ininterruptas, informei ao meu superior quando completou 15h que só ficaria no máximo mais 1h e que ele sabia previamente (80h antes) desta condição. Minhas responsabilidades no trabalho ficariam sob responsabilidade dele e do planejamento que fez para isto.

Deixei claro que não era seguro operar equipamentos complexos e perigosos sem dormir e descansar.

Havia trabalhadores aptos a me substituírem na empresa mas não foram designados para isto.

Contudo na punição afirmaram que abandonei meu posto de trabalho sem a devida rendição.

Hora de combater esta punição e quebrar um paradigma. Ninguém deve ser punido por não aceitar trabalhar mais do que 16h ininterruptas!

 
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