O Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro suspendeu a venda das distribuidoras de energia da Eletrobras nos estados de Amazonas, Rondônia, Roraima, Acre, Alagoas e Piauí até que seja analisado o impacto da privatização sobre o contrato de trabalho de mais de 11 mil trabalhadores (efetivos e terceirizados).
O débil governo Temer amarga mais uma derrota, não conseguiu aprovar a reforma da Previdência, nem privatizar as grandes empresas nacionais, a Eletrobras e Petrobras. Encontrou resistência dos trabalhadores, apesar das grandes centrais sindicais como CUT (PT) e CTB (PCdoB) frearem a disposição de luta expressas nas greves gerais de 2017.
A venda das distribuidoras tem o objetivo de tornar a Eletrobras mais atrativa, pois elas seriam deficitárias. Assim o comprador da Eletrobras não teria que arcar com nenhum prejuízo da distribuição da energia pelo país.
O desenvolvimento da crise econômica reascendeu a gana dos países imperialistas em lucrar com os recursos naturais e os trabalhadores dos países semi-coloniais como o Brasil, e pressionam para a privatização e retirada de direitos. Encontram aqui um governo golpista que leva adiante este objetivo, mas não sem contradições como fica explícito nos limites impostos pelos trabalhadores que se erguem contra a implementação da reforma trabalhista e contra a venda da Eletrobras e, mais recentemente contra a venda da Petrobras.
Os trabalhadores precisarão se enfrentar com o imperialismo e os empresários nacionais para impedir a privatização da Eletrobras. Para isso, é preciso superar a política de conciliação de suas direções sindicais. Unificar trabalhadores efetivos e terceirizados sob o programa da efetivação sem concurso público e avançar para uma Eletrobras 100% estatal, gerida pelos trabalhadores e sob controle da população e que reduza o preço da energia para os bairros populares.
|