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ESTADUAIS PAULISTAS
Por uma greve estudantil na USP aliada aos trabalhadores e com independência de classe.
João Salles
Estudante de História da Universidade de São Paulo - USP

Frente o cenário de mobilização na USP e a paralisação nacional de caminhoneiros se demonstra ainda mais a necessidade de uma alternativa pra classe trabalhadora independente da burguesia e do imobilismo do petista.

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Ontem, dia 29, além do importante ato unificado dos três setores em frente a reitoria onde ocorreu a reunião do Conselho Universitário da USP, os estudantes da USP entraram em greve de forma meramente formal, deliberada na assembleia geral dos estudantes do dia 24, já que as aulas foram suspensas e não haverá assembleias de curso pra definir incorporação até segunda feira.

Após uma série de manobras burocráticas o DCE da USP, dirigido agora pelo PT, UJS e Levante Popular da Juventude, se vê pressionado à esquerda pela base dos estudantes e tenta adotar um discurso combativo de greve em defesa da universidade pública. Uma mera demagogia, conhecemos como atuam essas organizações que se colocam como verdadeiras barreiras pra mobilização, mas só exigir a luta não basta pra desmascarar a farsa, por isso devemos expor as contradições programáticas com essa atual gestão.

Nos anos de governo nacional do PT a política para a educação de nível superior foi a ampliação massiva das universidades privadas e o fortalecimento do monopólio internacional Kroton-Anhaguera às custas do investimento em estrutura e ampliação das universidades públicas. Sendo assim como poderia essa gestão atual defender o oposto?

Portanto é necessário colocar na ordem do dia a batalha por uma universidade a serviço dos trabalhadores e de toda a população, gerida de forma democrática pelos trabalhadores, estudantes e professores, que a fazem funcionar de fato.

Agora é de extrema importância que a construção da nossa greve se delimite de forma completa do movimento reacionário de caminhoneiro, que levanta pautas da burguesia como intervenção militar no Brasil e aqui em São Paulo um aumento do subsidio pra diminuição do preço do diesel, aumentando o lucro das grandes empresas de transporte e logística, através do repasse do ICMS , afetando diretamente a principal fonte de verba das universidades estaduais paulistas que lutam pelo fim do arrocho salarial e garantia de uma política suficiente de permanência estudantil.

Nossas demandas só podem ser conquistadas com pautas claras de independência de classe, não seremos nós a arcar com os custos da crise, que os capitalistas paguem por ela! O DCE deve levar a discussão pros cursos e construir o eixo central de mobilização estudantil para que a greve se fortaleça e seja vitoriosa em unidade aos outros dois setores. Por um movimento estudantil subversivo e a aliança operário-estudantil, que levante pautas de independência de classe!

O cenário da USP não está descolado do cenário nacional, a crise dos combustíveis afeta a todos nós, devemos nos colocar em total apoio a greve dos petroleiros e exigir que a CUT e as outras centrais nacionalizem essa greve se delimitando também dos caminhoneiros, pela reversão das privatizações iniciadas no governo do PT e aprofundadas com o governo golpista de Temer, contra qualquer subsídio ao lucro dos patrões em combate ao imperialismo. Por uma Petrobrás 100% estatal, sob gestão dos petroleiros e controle de toda população! Só assim resolveremos a crise de combustíveis sem retirar dos nossos bolsos.

 
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