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CRISE DOS COMBUSTÍVEIS
Para desgastar Temer, Maia faz demagogia e diz que não aumentará tributos
Cássia Silva

O golpista Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, disse hoje (29) que a fala do ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, de ontem (28), foi “irresponsável” ao afirmar que poderia haver um aumento nos impostos para compensar os R$0,46 na redução do litro do diesel.

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Ontem, segunda (28), Eduardo Guardia, ministro da Fazenda do governo golpista de Michel Temer, disse que poderia haver uma alta nos tributos do diesel para compensar a redução de R$0,46 no preço, medida que foi aprovada por Temer para negociar o aumento dos combustíveis com os empresários do transporte, durante 60 dias. Maia se manifestou hoje, terça (29), em entrevista que a fala do ministro foi “irresponsável” por, “num momento de crise em que se está tentando debelar, diminuir a mobilização, tentar colocar o Brasil no eixo novamente, ele vem falar em aumento de imposto”.

Uma clara demagogia de Rodrigo Maia frente a um ano eleitoral, buscando aparecer com uma figura mais popular e se distanciar do desgaste de Temer. Sabendo que foi Maia, junto a Temer que aprovaram a reforma trabalhista e o limite de gastos públicos para honrar com a divida pública. Segundo Maia, o Ministério da Fazenda tem receita para tentar reequilibrar a conta, como o fundo soberano do Pré-Sal, o qual Temer pretende usar para pagar a dívida pública aos banqueiros.

Além disso, também afirma que “não adianta falar apenas para os investidores, tem que começar a falar para os brasileiros” e que “ninguém agüenta mais pagar impostos. Vamos discutir a redução do tamanho do Estado”. Ou seja, reduzir a ação do Estado nas questões sociais do país, enquanto subsidia setores empresariais, dá toda a riqueza nacional para a divida pública e busca uma maior abertura para a privatização e a intervenção de empresas estrangeiras no Brasil.

Uma hipótese possível, ainda que minoritária, seria nesse cenário em que Caiado (DEM-GO) também representa os interesses do agronegócio no movimento dos caminhoneiros, a via que permite esse projeto de país que o centrão coloca são as eleições indiretas, até porque seria por essa via que Rodrigo Maia conseguiria se eleger como Presidente da República do Brasil. Sem contar que coloca em xeque a candidatura de Bolsonaro, que ganha espaço com as reivindicações patronais, como zerar o PIS e Cofins, dessa movimentação.

Ou seja, as cartas estão embaralhadas para uma possível cartada do alto escalão DEM, que leva consigo também políticos do PSD, PSB, aproveitando da crise dos combustíveis para afundar Temer e retirar Bolsonaro de jogo com as eleições indiretas, para impor um projeto de país que aprofunde a privatização, como já pode ser visto com as refinarias da Petrobrás.

De fato, o que responde a crise descarregada nas costas dos trabalhadores não será pelas medidas de aprofundamento da intervenção de empresas estrangeiras no Brasil, como indica Maia, mas sim que nosso petróleo seja gerido pelos petroleiros sob controle operário, com uma Petrobrás 100% estatal, já que nossas riquezas não devem servir ao capital estrangeiro.

 
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