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BELO HORIZONTE
Metroviários de Belo Horizonte entram em greve
Silas Pereira

A categoria aprovou greve a partir desta terça-feira (29) em Belo Horizonte. Segundo o Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro-MG), os metroviários reivindicam reajuste salarial, mas também estão contra as medidas de sucateamento do transporte em BH.

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O metrô da capital funcionou nesta terça de 5h30 até as 9h30. Depois desse horário, as estações estarão fechadas, conforme o Sindimetro-MG. A categoria indicou que a greve é por tempo indeterminado, com funcionamento em escala mínima, e uma nova assembleia, que acontecerá nesta tarde, vai avaliar o movimento.

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) se mantém intransigente nas negociações salariais que desde o ano passado vêm afetando os metroviários. Em 2017 também, ano em que houve a ameaça de aumento da passagem e, mais tarde, já em fevereiro de 2018, ameaça de suspensão total do serviço. Também neste ano, os ataques do governo golpista de Temer fizeram com que entrasse em vigor um aumento da passagem de 88%, que logo caiu devido uma decisão judicial do TJMG.

Todo esse sucateamento dos trens urbanos está ligado com o projeto nacional de privatização do governo golpista de Temer, no qual a “insuficiência de verbas” para manter o funcionamento de serviços públicos justificaria a privatização, a exemplo do metrô de São Paulo. Precisamos de um transporte público gratuito, que seja de qualidade e que atenda aos interesses de toda a população.

Todo apoio aos metroviários de BH e que a juventude se some à indignação contra os cortes do governo, que leva ao sucateamento e tem objetivos claros de ter a privatização como única "saída". Sabemos que a privatização não é uma resposta e que só vem a prejudicar a população com a péssima qualidade do serviço prestado e principalmente precariza as condições de vida dos trabalhadores, quando não diretamente os demite. Apenas um transporte 100% estatal, sob controle dos trabalhadores e da população, pode atender até o fim as demandas salariais da categoria e garantir a qualidade no transporte público.

Os patrões dos transportes e da soja vêm há 9 dias operando um caos no país a favor de seus privilégios e lucros por via dos bloqueios dos caminhoneiros, que fortalecem Bolsonaro e os planos de privatização para descarregar a crise nas costas dos trabalhadores. É vergonhosa a posição da CUT, que dirige o Sindicato dos Metroviários de BH, que apoia o movimento de caminhoneiros como se fosse possível disputar os rumos desse movimento reacionário. Ao mesmo tempo em que a CUT segura a greve dos petroleiros, que poderia ter peso de dar uma resposta à altura da direita e suas demandas que prejudicam a população.

É fundamental que o apoio a cada greve de trabalhadores em curso se dê como parte da batalha pela completa independência das patronais dos transportes. Apenas erguendo uma luta nacional contraposta à da patronal e dos caminhoneiros que podemos combater as variantes de direita que se fortalecem na crise dos combustíveis.

Todo apoio à greve dos metroviários!

 
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