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CRISE COMBUSTÍVEIS
Defensores da ditadura dividem apoio aos caminhoneiros com organizações de esquerda
Gabriel "Biro"

Nesta tarde, no centro de Campinas ocorreu a manifestação organizada pela Frente Brasil- Popular que tinha como centro “A Petrobrás é nossa”, mas também reivindicando o movimento pró-patronal dos caminhoneiros atraindo assim tanto petistas e organizações de esquerda do PSOL, quanto manifestantes pela intervenção militar.

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A manifestação que começou às 16h no Largo do Rosário no centro de Campinas, se colocava contra o aumento dos combustíveis, a repressão militar aos caminhoneiros e em defesa da Petrobrás, e reivindicava a mobilização dos caminhoneiros, que segundo o chamado tinha “reivindicações legítimas”, sem mostrar o conteúdo patronal das reivindicações.

Desde o inicio o ato contava com um grupo de manifestantes que reivindicava a intervenção militar, com faixas dizendo “Intervenção militar não é opção, é solução” e “Fora Comunistas, o Brasil é nosso”, com as siglas “SOS FFAA” fazendo referência às forças armadas.

No meio da manifestação houve falas contra o grupo que reivindicava a intervenção militar, que decidiram ir para outro lugar do centro da cidade para continuar a sua manifestação reacionária.

O fato de ter havido o encontro entre os atos da esquerda e da direita, só comprova que apoiar essa mobilização dirigida pelas grandes empresas do transporte e do agronegócio, fortalece esse setores reacionários que não pode representar nenhuma saída progressista para os trabalhadores e jovens do país

É mais uma expressão do caráter reacionário que tem o movimento dos caminhoneiros, grupos pela intervenção militar se sentem completamente à vontade de ir em manifestações em apoio à mobilização, que hoje é dirigido diretamente pelas patronais que quer arrancar mais subsídio para o diesel, querendo zerar o PIS/Cofins, sem nem tocar no gás de cozinha e gasolina, e fazendo com que diretamente seja o conjunto da população que pague por isso.

O descontentamento popular com Temer está sendo canalizado diretamente pela direita e pelos patrões, que hoje impulsiona bloqueios de caminhoneiros que reivindicam Bolsonaro e a intervenção militar.

Isso ocorre porque o PT e a CUT traiu a mobilização dos trabalhadores, sendo diretamente um freio a que os trabalhadores dessem uma resposta própria a todos os ataques de Temer, como podemos ver nos dias marcados de greves gerais do ano passado e agora com a “greve de advertência” dos petroleiros.

Veja também: A traição da CUT e do PT abre espaço para a direita capitalizar o descontentamento popular

A esquerda enquanto isso, saúda a mobilização dos caminhoneiros a despeito do conteúdo reacionário do movimento, como faz a vereadora do PSOL em Campinas a Mariana Conti, além das organizações do PSOL, como US, o sindicato dos Químicos, a CST, Resistência, MES que seguem apoiando o movimento, que hoje fortalece uma saída reacionária frente à crise dos combustíveis e entrega mais dinheiro nas mãos dos grandes patrões, ligados ao agronegócio, e fortalece também a figura de Bolsonaro.

Para dar uma resposta de fato os verde e amarelo, que defendem a intervenção dos militares no Brasil é preciso antes de tudo desmascarar a direção do movimento dos caminhoneiros, que é uma direção patronal, dos grandes empresários de transportes, e também desmascarar o papel que vem cumprindo as direções petistas e não se juntar a elas como faz a maioria das organizações de esquerda.

É preciso ter independência de classe, só assim poderemos dar uma saída para a crise dos combustíveis que seja de interesse dos trabalhadores e de toda a população, que defenda uma Petrobras 100% estatal, gerida pelos trabalhadores e sob controle popular.

 
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