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CRISE DOS COMBUSTÍVEIS
Petrobras acalma acionistas explicando que a população pagará pelo subsídio
Gabriel "Biro"

A Petrobras fez questão, por meio de nota pública, de tranquilizar os acionistas internacionais, esclarecendo que a empresa não arcará com o subsídio cedido pelo governo, e que o mesmo será garantido pela União. Hoje de manhã, após a repercussão do acordo anunciado por Temer, as ações da estatal tiveram queda de mais de 6% - demonstrando toda a submissão da empresa aos interesses especulativos dos investidores.

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A Petrobrás fez questão, por meio de nota pública, de tranquilizar os acionistas internacionais, esclarecendo que a empresa não arcará com o subsídio cedido pelo governo, e que o mesmo será garantido pela União. Após o pronunciamento de ontem a noite (27) de Temer, em que anunciou um novo acordo, as ações da estatal tiveram queda de 6,46% a R$ 18,52 no caso das preferenciais e 6,86% a R$ 21,46 para as ordinárias - demonstrando toda a submissão da empresa aos interesses especulativos dos investidores. O acordo significou uma aceitação por parte do governo a pauta pró-patronal dos caminhoneiros: a redução no preço do óleo diesel rodoviário em R$ 0,46 por litro, por meio de subsídios. Ou seja, o valor do diesel produzido pela Petrobras permanecerá seguindo a variação do mercado internacional em dólar, e a União irá bancar a redução do preço anunciada pelo governo.

É importante esclarecer que a reivindicação do movimento pró-patronal dos caminhoneiros, que exige a redução do preço do diesel deriva da mudança da política de preço da Petrobras, que vem desde 2016 utilizando o mercado internacional para ajustar seus preços. Essa mudança veio no sentido de aumentar a rentabilidade da Petrobras para os investidores da iniciativa privada internacional. Ou seja, ajustar as políticas da Petrobras para sua privatização. O aumento impactou nos lucros das transportadoras e do agronegócio, que vem utilizando do descontamento popular contra o governo para defender seus lucros exigindo subsídio. Para agradar os dois setores da burguesia, garantindo o lucro das transportadoras e do agronegócio, sem frear as medidas privatistas da Petrobras, Temer garantiu a redução do diesel fazendo com que a União assuma os prejuízos do subsídio, o que calcula-se terá um impacto de R$ 10 bilhões no orçamento.

Mas o que nem Temer, nem a Petrobras e seus acionistas, nem as transportadoras e seus caminhoneiros querem dizer abertamente, é que a União bancar o subsídio significa criar uma dívida que será paga por toda a população. Ou seja, para não afetar os lucros dos acionistas da Petrobras, os trabalhadores brasileiros terão de pagar o subsídio para garantir os lucros milionários das transportadoras e do agronegócio, através de arrecadações de impostos como PIS/COFINS que é destinado para o seguro desemprego e a saúde pública.

Para entender o acordo cedido por Temer leia o artigo: Temer garante bilhões em subsídios aos patrões do transporte

 
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