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BLOQUEIO DE CAMINHONEIROS
Caminhoneiros aceitam acordo de Temer que aumenta subsídios aos patrões
Dani Alves

Abcam aceita proposta de Temer e pede que caminhoneiros "levantem acampamento e sigam a vida"

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Na noite do último domingo (27) o presidente golpista Michel Temer fez uma nova proposta com 5 medidas para tentar realizar um acordo com o movimento de caminhoneiros iniciado na última quarta-feira (23).

Temer apresentou como proposta a redução de R$0,46 no preço do litro de diesel por 60 dias, isenção de pagamento de pedágio para eixos suspensos de caminhões vazios, garantia de 30% do frete da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) aos autônomos, fim da CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) e tabela mínima para os fretes.

Após a proposta de Temer, o presidente do Sindicato dos Transportes Autônomos de Carga (Sinditac), Carlos Alberto Litti Dahmer, anunciou que assim que fosse publicado as medidas no Diário Oficial a orientação era de que os caminhoneiros aceitassem as propostas e liberassem as estradas.

O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, pediu na noite deste domingo, 27, que motoristas que protestam nas rodovias em todo o Brasil "levantem acampamento e sigam a vida" após a publicação das medidas anunciadas pelo presidente Michel Temer no Diário Oficial da União. José da Fonseca Lopes, também declarou em uma entrevista que a orientação era os caminhoneiros voltarem as suas atividades e que até o meio dia dessa segunda-feira (28) “estará tudo resolvido”.

A direção do movimento de caminhoneiros mostra a demagogia dos seus discursos onde diziam ser portadores da reivindicação de redução dos combustíveis, mas nesse acordo mostram que o interesse está somente em manter o lucro de transportadoras e empresas de logística.

O corte de R$ 0,46, segundo o pronunciamento de Temer, se dará com a redução a zero das alíquotas do PIS- Cofins e da contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE), o que vai afetar diretamente nos recursos necessários para qualquer trabalhador, como o seguro desemprego e a saúde pública, que recebem recursos do PIS/Cofins, e agora terá uma redução de R$10 bilhões.

Na prática, isso significa que todos os trabalhadores, inclusive os próprios caminhoneiros, irão continuar pagando pelos lucros das patronais. Para conceder as isenções as patrões, todos os trabalhadores e juventude pagam com seu seguro desemprego e com a redução de investimentos na saúde, já precária.

Dado esses resultados, se mostra mais uma vez como é preciso separar as direções patronais e de direita da mobilização independente dos trabalhadores, a única capaz de conquistar uma Petrobras 100% estatal, sob administração dos trabalhadores petroleiros e gestão popular. Apenas uma Petrobras que funcione dessa maneira, sem os acionistas imperialistas que controlam boa parte de suas ações, poderá ser portadora das necessidades reais de redução do preço de todos os combustíveis, incluindo a gasolina e o gás de cozinha, que não serão afetados por esse novo acordo e jamais foram programa desse movimento de caminhoneiros.

Neste outro artigo desenvolvemos também o papel nefasto que a imobilização do PT e CUT cumprem ao criar um enorme vazio na direção das insatisfação nas massas, que foi facilmente ocupado pela direita. Esse debate se torna ainda mais urgente, assim como o fortalecimento de uma saída antiimperialista e anticapitalista, que possa dar uma resposta de fundo para a crise dos combustíveis e o conjunto da crise econômica no país, que tem necessariamente que passar por uma política independente dos trabalhadores, sem qualquer confiança em nenhuma direção patronal, e na decisão de expulsar definitivamente as rapinas imperialistas das riquezas nacionais.

Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

 
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