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ELEIÇÕES 2018
Meirelles mente três vezes para defender Governo Temer em discurso
Redação

Na última pesquisa eleitoral em abril, o candidato de Temer tinha apenas 1% dos votos.

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Imagem: Adriano Machado/Reuters

Michel Temer aposta em Henrique Meirelles para a presidência da República. Em abril na última pesquisa de intenções de voto ele tinha 1%. Meirelles é ex-ministro da fazenda e já começa mal com declarações falsas para forçar uma defesa do governo Temer.

Ele falou em 14 de maio na TV Folha, tentando demonstrar como o seu desempenho no cargo teria gerado excelentes resultados. Entre as distorções e falsificações uma verdade: o peso da previdência na questão dívida pública. Entre as mentiras tem que: "foram criados 2 milhões de novos empregos nos últimos dois anos". MENTIRA, Meirelles usa dados distorcidos do IBGE confundindo população ocupada com população empregada. O IBGE considera população ocupada também pessoas com trabalhos precários sem carteira assinada, e até aqueles que vivem de bicos; entre 2015 e 2016 “o Produto [PIB] brasileiro caiu e o desemprego brasileiro subiu mais do que na crise de 1929". DISTORÇÃO, Meirelles faz uma suposição relacionando diretamente queda do PIB com desemprego, o IBGE mostra que não há ligação direta e imediata, pois em anos em que o PIB subiu o desemprego se manteve. Ou seja as oscilações no PIB não são diretamente ligadas ao desemprego.

A distorção serve para Meirelles se gavar de que foi capaz de "sair da recessão" (há muitas controvérsias sobre se saímos) numa crise pior do que a que se iniciou com a queda da bolsa de Nova Iorque, ainda que isso possa ser real; "a inflação do ano passado foi a mais baixa da história". MENTIRA, a mais baixa foi em 1998 no governo FHC que registrou IPCA em 1,65%. No ano passado foi de 2,95%, relativamente baixa sim, mas explicada pela super safra.

Mesmo na única afirmação possível de ser confirmada em fontes: “Se você olhar a composição da dívida e dos juros, você vai ver que grande parte dessa dívida foi formada por despesas da previdência nos últimos anos”; Meirelles deixa claro que quer atacar a previdência para manter o saque aos cofres públicos que é a dívida pública. Quem vai pagar essa dívida serão os trabalhadores, e pagarão com sua saúde e suas vidas, trabalhando até a morrer. A única saída que o povo pobre e trabalhador tem, infelizmente também não é pela via eleitoral, onde candidatos apresentam receitas mágicas, como Guilherme Boulos que fala em reforma tributária sem atacar a dívida pública. Não existe saída fácil para a crise, é preciso tomar a luta nas próprias mãos e exigir que a CUT e a CTB e as demais centrais sindicais entrem em movimento para retomar o caminho da greve geral de 28/4/2017, para que a classe trabalhadora possa entrar em cena e lutar pela transformação econômica, política e social que quer, exigindo o fim do congelamento dos gastos em saúde e educação, anular a reforma trabalhista e tirar de pauta a reforma da previdência.

Mas para isso e necessário que se rompa com a dívida pública, uma dívida fraudulenta que já saqueou vários Brasis com seus juros que deixam a agiotagem parecer um pequeno grão de areia numa praia. Todas essas PECs, ajustes e reformas foram adotadas para continuar mantendo um fluxo de trilhões para os banqueiros e mega empresários credores dessa dívida. É preciso também, com isso, se enfrentar com o imperialismo que quer saquear nosso ouro negro do pré-sal e nos submeter cada vez mais a uma economia de colônia.

 
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