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CRISE DOS COMBUSTÍVEIS
Temer decreta GLO para desbloquear estradas pelo Exército, gasolina seguirá cara
Redação

Em uma escalada repressiva Temer decreta Garantia da Lei e da Ordem em todo território nacional para liberar estradas e refinarias.

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Temer decretou a Garantia da Lei da Ordem com duração até o dia 04/06 para liberar as rodovias após o quinto dia de paralisação dos caminhoneiros. Foi anunciado por ministros de Temer em nova coletiva de imprensa que este decreto pode ser acompanhado do uso do inciso 25 do artigo 5 da Constituição, permitindo que Temer confisque caminhões nas estradas. Está é a primeira vez que o decreto de uso das Forças Armadas é aplicado a nível nacional, nas 11 vezes em que foi acionado a GLO ela foi usada em nível estadual ou local.

Mais cedo, Temer já havia assinado um decreto que autorizava os militares a dirigirem os caminhões paralisados para fora da pista (leia mais aqui), essa segunda medida, com a GLO, se baseia uma tentativa de dar garantia as forças repressivas em sua atuação autoritária.

Em nota, o Ministro da Defesa divulgou qual será a atuação do Exército, que se baseará em alguns pontos principais. São eles: A distribuição de combustível nos pontos críticos; Escolta de comboios; Proteção de infraestruturas críticas; Desobstrução de vias e acessos às refinarias, bases de distribuição de combustíveis e áreas essenciais.

Participaram da reunião da alta cúpula das forças militares do estado Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército e de todas Forças Armadas; Eduardo Bacellar Leal Ferreira, comandante da Marinha; Nivaldo Rossato, comandante da Força Aérea; Paulo Humberto, comandante de Operações Terrestres do Exército; Ademir Sobrinho, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas.

Repudiamos esta ação autoritária e qualquer forma de repressão do governo contra este movimento. Esse tem sido o recurso do golpismo contra toda forma de protesto. Sabemos que com essa premissa de hoje também se preparam para usar contra paralisações nacionais dos trabalhadores e suas greves. Essa medida autoritária também tem como objetivo parar a disputa por maiores isenções fiscais que queriam setores empresariais, bem como tentar normalizar a situação tentando impedir que setores da classe trabalhadora entrem no movimento com suas reivindicações.

O acordo firmado por Temer e lideranças patronais e sindicais dos caminhoneiros não resolve a questão que levou muitos brasileiros revoltados a apoiar os bloqueios, os combustíveis que todos usam, a gasolina e o gás de cozinha seguem caríssimos. O acordo firmado só ajuda os empresários do transporte, do agronegócio a lucrarem mais, as custas de toda população que terá cortes em seus direitos ou aumento de impostos. A única maneira de garantir a redução de todos combustíveis sem onerar mais a população é lutando por uma Petrobras 100% estatal e sob controle operário.

Chega da paralisia das centrais sindicais que vão dando trégua para Temer acomodar acordos entre os setores patronais, e também para avançar em medidas autoritárias que hoje atingem caminhoneiros e manifestantes mas pode afetar sindicatos e outras manifestações. A classe trabalhadora precisa entrar na luta com seus métodos e reivindicações, sem confiar em nenhum setor patronal: é urgente que as centrais sindicais preparem uma greve geral (e não que sejam "moderadoras" da negociação entre governo e empresários contra os trabalhadores, como declararam em carta). Categorias cruciais nesta crise como a Petrobras que já tem uma greve nacional marcada mas não entram em greve graças à direção burocrática da FUP, ligada ao PT, precisam liderar esse movimento, entrando em greve imediatamente para ajudar que toda nossa classe entre em cena contra as medidas autoritárias, pela redução de todos combustíveis e por uma Petrobras 100% estatal, administrada pelos petroleiros com controle popular.

 
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