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ESPECIAL SAÚDE UNICAMP
Como são os hospitais da Unicamp dos rankings? A situação do CAISM
Flávia Telles

Como já noticiamos aqui, os trabalhadores da Unicamp estão em greve desde o dia 22, terça-feira. Entre as questões debatidas e que são parte de suas demandas, está a situação da saúde, que escancaram a quem a Unicamp serve. Queremos aqui desenvolver os principais problemas que enfrentam a população e os trabalhadores da saúde na Unicamp e mostrar como a reitoria e o governo do Estado seguem a linha diretamente dos golpistas para precarizar as condições de saúde e trabalho do povo pobre. Esse é o primeiro texto do nosso especial “Saúde Unicamp”.

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A greve dos trabalhadores da Unicamp, junto aos trabalhadores da USP e UNESP têm como centro da reivindicação o reajuste salarial, já que o Cruesp (conselho de reitores das universidades paulistas), propôs aos trabalhadores o ridículo reajuste de 1,5%, num quadro de 12,5% de salário perdido desde 2015. Para além disso, os trabalhadores da área da saúde na universidade, que atende mais de 500 mil pessoas por ano tem reivindicações próprias de melhoria nas condições de trabalho e diminuição da jornada de trabalho, partindo de denúncias absurdas de como a Unicamp e os governos lidam com a vida dos pacientes e dos trabalhadores.

Segundo os próprios trabalhadores, e uma situação que é possível perceber apenas passando pelo complexo hospitalar da Unicamp, sobretudo pelo Hospital da Mulher "Professor Doutor José Aristodemo Pinotti" – Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism) e pelo Hospital de Clínicas (HC), faltam trabalhadores para atender de acordo com a demanda, são enormes filas, e normas importantes para o funcionamento adequado do hospital, como o acompanhamento de pacientes, não o não são respeitadas, graças às próprias condições que levam pacientes e trabalhadores à situações limite dentro dos hospital.

Para além disso, recebemos de uma trabalhadora, Gabriela, que também é diretora do Sindicato dos Trabalhadores (STU), a denúncia de que há tempos há equipamentos quebrados e sem nenhuma manutenção no CAISM, que é um hospital referenciado de saúde à mulher, com mais de 60 subespecialidades e 1200 funcionários.

No vídeo abaixo Gabriela mostra máquinas de diagnóstico como tomógrafo, mamógrafo, que não estão funcionando, dificultando no tratamento de pacientes com diversos problemas de saúde, inclusive câncer. Até mesmo o equipamento de raio-x está com problemas, fazendo pacientes repetir os procedimentos até que a máquina faça o diagnóstico, expondo os pacientes à radiação, que é bastante danoso à saúde.

As trabalhadoras também denunciam as questões infraestruturais do CAISM, há acompanhantes de pacientes que dormem no chão, e tem que dividir utensílios de cama ou as próprias camas que os pacientes dormem porque não há local adequado para que os acompanhantes possam passar a noite, gerando diversos conflitos entre os pacientes e os funcionários do hospital.

Enquanto o reitor Knobel sai propagandeado a Unicamp dos sonhos para bancos e empresas que diretamente utilizam a universidade pública como laboratório de pesquisa para melhor lucrar, a população pobre de Campinas e região que utiliza o CAISM, em especial às mulheres, e os trabalhadores do hospital tem que passar por situações absurdas como essas que apenas escancaram a quem serve a Unicamp.

Para os empresários, laboratórios de ponta e pesquisadores à vontade, como mostramos com o Inova, para a população pobre e para os trabalhadores é miséria, precarização da saúde e do trabalho, fazendo coro com todos os ataques dos golpistas no plano nacional, como a PEC que congela gastos em saúde e educação e a reforma trabalhista, que precariza todas as condições de trabalho.

Não aceitamos essas condições, por isso nós da Juventude Faísca, declaramos todo nosso apoio aos trabalhadores que lutam hoje contra todas essas condições, e defendemos que a Universidade que hoje vira suas costas à população seja gerida pelos estudantes, funcionários e professores de acordo com seu peso real, e não como é hoje, sendo gerida pela reitoria e o Consu em que uma casta burocrática, privilegiada e com mega salários querem decidir os rumos da Unicamp.

 
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