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FEMINICÍDIO
Nelly Venite, mais uma vítima de feminicídio
Redação

Nelly Cristina Venite de Souza Maria, de 27 anos, formada em obstetrícia pela Universidade de São Paulo, foi mais uma vítima de feminicídio no último dia 19 de maio.

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Nelly foi morta com 16 facadas no apartamento em que morava, em Conchal no interior de São Paulo. O suspeito era seu companheiro que fugiu após o crime e foi preso no domingo, em Minas Gerais.

Nelly era reconhecida como militante pela humanização do parto e pelo fim da violência obstétrica. A nota da Associação de Alunos e Egressos do Curso de Obstetrícia da USP (AO-USP) remarca sua trajetória:

“Nelly, nós, mulheres, parteiras, obstetrizes, ativistas pelos direitos humanos, estamos em luto. Conhecíamos sua história, sua luta pela humanização da assistência ao parto no Brasil, pelo fim da violência obstétrica e sonhávamos juntas com o ideal de uma sociedade justa e igualitária.

Muitas de nós compartilhávamos também sua luta diária, sobrevivendo nesse mundo cruel de disputa, violências simbólicas, valores líquidos, máscaras. Máscaras que nunca te serviram, porque você, Nelly, você nunca se submeteu.”

A cada uma hora e meia uma mulher é morta no Brasil, vítima de feminicídio. O Brasil é o 5º colocado em número de mortes de mulheres, vítimas da violência machista.

O Estado falha em proteger a vida e os direitos das mulheres. Políticos como Jair Bolsonaro, pré-candidato a presidente, vociferam contra as mulheres, desde fazendo apologia ao estupro até atacando o direito ao próprio corpo ou ainda os direitos trabalhistas e previdenciários das mulheres. As mulheres que são vítimas de violência doméstica, por exemplo, não tem a quem recorrer. Muitas vezes, por não ter condições financeiras de se sustentar, acabam continuando sob o mesmo teto que o agressor.

É preciso exigir dos governos um programa sério de combate à violência contra a mulher que combata e previna a violência e o feminicídio, que inclua casas abrigos transitórias para as mulheres vítimas de violência, licenças remuneradas do trabalho, seguro-desemprego que cubra o custo de vida para todas as mulheres que necessitarem, acesso a crédito familiar sem taxa de juros para que as mulheres possam restabelecer suas vidas.

Veja aqui: É urgente um Plano Nacional de Emergência contra a violência às mulheres

No dia 25 de maio haverá um ato homenagem à Nelly Venite, às 10h15 no campus da EACH. Também haverá no mesmo dia e local, ao meio dia um ato contra os feminicídio, lembrando também o assassinato da trabalhadora terceirizada Jéssica Pontes, que trabalhava no campus da EACH e foi morta em junho do ano passado.

Veja o evento no facebook aqui

Nelly, presente!
Nem uma a menos

 
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