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PARALISAÇÃO DOS PROFESSORES DA REDE PRIVADA
Diversas escolas da rede privada amanhecem paralisadas
Redação

A paralisação dos professores da rede privada na manhã desta quarta-feira, 23, é bem sucedida em diversas escolas. Os professores decidiram paralisar contra a implementação da reforma trabalhista e a luta já conta com a adesão de total de mais de 30 escolas com amplo apoio de pais e alunos.

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Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Como era de se esperar, algumas diretorias já tem tentado intimidar alguns professores. Junto a alguns pais de alunos de escolas de elite, tentam convencer os professores a voltar com o calendário de atividades, mandando e-mails, cartas ou ameaças diretamente nas aulas públicas.

A Abepar (Associação Brasileira de Escolas Particulares), que é composta por diversos donos de escolas e de empresas no país, já tem soltado cartas públicas à comunidade atacando a mobilização, fazendo um "chamado ao equilíbrio e à razão", atacando o direito de greve. Há donos de escolas membros da Abepar que estão diretamente ameaçando de demissão os professores que paralisarem suas atividades.

Os efeitos destas cartas e das tentativas de intimidação são os opostos. Centenas de professores cruzam os braços e não aceitam a retirada da convenção coletiva que firmava direitos da categoria, como recesso de 30 dias, direito de bolsas para os filhos de professores e funcionários, impedimento de demissão em meio ao semestre letivo etc.

Somado a isso, diversos estudantes se solidarizam com os professores e várias escolas tem tido assembleias e reuniões de estudantes para discutir os impactos da reforma trabalhista e acomo isso afeta o cotidiano nas escolas. Estudantes da Escola da Vila, do Colégio Oswald de Andrade, do Equipe, Giordano Bruno e outras escolas realizaram assembleias pautando o apoio à paralisação dos professores e eles próprios aprovaram também paralisação como medida de solidariedadee, além de piquetes e ações na frente das escolas. Também tem chegado centenas de mensagens de apoio de alunos, pais de alunos e da população aos professores em luta.

O Sindicato dos professores de escola particular, SINPRO, propôs ao sindicato patronal a assinatura de algumas cláusulas em separado, para que direitos como cesta básica e adicional de 25% para professores que forem enviados pela instituição para lecionar em outros municípios sejam garantidos. O SIEEESP recusou o acordo, mostrando intransigência e inflamando ainda mais a luta dos professores, que se reunirão em assembleia hoje, às 14 horas, para votar greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira, dia 28 de maio, e após marcharão ao MASP para manifestação com pais, alunos e apoiadores do movimento.

Essa unidade entre os professores, os estudantes e a comunidade dá enormes sinais de forças, mas precisamos fortalecer esta luta e todo apoio é fundamental. O dia conta com uma agenda para fortalecer o diálogo entre os professores e a comunidade.
Fazemos coro ao chamado dos professores para a manifestação as 16h no Vão do MASP.

É necessário combater os ataques dos patrões da SIEESP e ABEPAR, verdadeiros barões inimigos da educação no país. Os professores podem vencer, se espelhando na experiência da greve dos professores municipais em São Paulo que, junto aos servidores públicos da saúde, fizeram Doria recuar e adiar a implementação da reforma da previdência para o município.
O Esquerda Diário estará cobrindo a manifestação dos professores na tarde de hoje e envia toda solidariedade a estes lutadores.

 
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