Nesse dia das mães queremos lembrar todas as mulheres africanas que foram separadas de seus filhos ao serem sequestradas e vendidas como escravas, nessa sociedade onde tudo e todos podem virar mercadoria. Quero lembrar todas as revolucionárias trotskistas que padeceram por décadas separadas de seus filhos nas prisões e campos de concentração da burocracia stalinista na URSS, culpadas pelo crime de não abrir mão dos seus ideais: a revolução internacional e o comunismo. Quero lembrar também as mães e os filhos que perderam uns aos outros nos porões da ditadura brasileira e ainda não receberam justiça, porque os militares fazem parte da democracia e são intocáveis. Quero lembrar da Marielle, mãe, negra e favelada, assassinada com quatro tiros na cabeça por ousar defender os pobres da intervenção federal dos golpistas no Rio de Janeiro. Todas vivem e serão vingadas em nossos luta.

Queria dar um forte abraço nas mulheres sírias e palestinas, que veem suas famílias assassinadas pelas bombas do imperialismo norte-americano em sua sede de dominação. Nas mulheres que perderam seus filhos na mão da polícia e do estado capitalista; que estão nas filas dos presídios pra ver seu filho negro condenado sem julgamento; que estão no desespero nas filas dos hospitais públicos com suas crianças sem atendimento e sem remédios; que trabalham em dois ou mais empregos pra garantir comida na mesa e não podem participar da infância das suas crianças. É muito dura a batalha das mães trabalhadoras que garantem a sobrevivência dos novos membros da sociedade que o estado deixa no total desamparo. Uma sociedade que defende a família mas onde não existe o direito à maternidade não merece continuar. O dia das mães é mais uma hipocrisia na boca dos governantes e empresários que lucram com todas as mazelas da esmagadora maioria das mães. Lutemos pra acabar com essa injustiça.

Por todas as mães lutadoras de ontem e de hoje seguimos em luta pra derrubar o capitalismo e construir uma sociedade sem opressão e sem exploração!