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EXÉRCITO
Militares lançam 71 candidatos nas eleições deste ano
Redação

Na última terça-feira, dia 8, pouco mais de 30 militares se reuniram em Brasília, motivados pela candidatura de Jair Bolsonaro à presidência, para alinhar o discurso e aparentemente, lançar uma bancada militar, ainda que alguns dos presentes na reunião queiram desmentir esse propósito.

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Na última terça-feira, dia 8, pouco mais de 30 militares se reuniram em Brasília, motivados pela candidatura de Jair Bolsonaro à presidência, para alinhar o discurso e aparentemente, lançar uma bancada militar, ainda que alguns dos presentes na reunião queiram desmentir esse propósito. Até o momento 71 pré-candidaturas de militares do Exército, Marinha e Aeronáutica foram lançadas em todo o país, sendo o Acre o único estado que ainda não apresentou nenhum candidato militar.

A reunião em si já demonstra aspectos dos princípios levantados pelos militares, uma vez que foi composta apenas por generais, patente mais alta das Forças Armadas, durante a reunião, se apontou para a defesa da “honestidade”, dos “interesses do país”, e um suposto “combate à corrupção” apontando para uma moral e ordem conservadoras, em consonância com a estrutura dessas instituições.

Uma vez que os militares estão se alinhando politicamente com Jair Bolsonaro, o qual foi inclusive convidado à reunião, percebe-se qual o limite deste combate à corrupção, uma vez que o próprio deputado já recebeu diversas acusações de envolvimento em casos de corrupção e o próprio já se defendeu de uma delas perguntando “qual partido não recebeu da JBS?”, e sua família chegou a receber R$ 730 mil de auxílio-moradia enquanto adquiria imóveis.

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Os militares chegaram ainda a assinalar que pretendem se encontrar com Bolsonaro no Congresso em breve. Dentre os discursos conservadores que surgiram desta reunião, o mais contundente foi o de Augusto Heleno, que não se candidatou a nenhum cargo eleitoral apesar de estar sendo pressionado pelos demais. Heleno disse que o conceito de “bancada militar” é uma invenção da esquerda, para ele, Bolsonaro não é o “candidato dos sonhos” mas é “o único capaz de realizar uma faxina no país”.

O atual partido de Bolsonaro, PSL, é de longe o partido com mais candidaturas militares, sendo 60 filiados à legenda, além dele, mais 13 partidos lançaram candidaturas militares: PSDB, PSC, PR, PEN, PRP, PRTB, Novo, Patriotas, DEM, PHS, PROS, PTB e PSD, dentre os 71 candidatos, apenas uma é mulher, Regina Moézia, de 54 anos, que diz que está acostumada com ambientes majoritariamente masculinos.

Essa quantidade de candidaturas e a reunião realizada ontem, apontam para uma politização das Forças Armadas, que pretendem se legitimarem enquanto atores políticos e aumentarem a bancada reacionária, que não apontam necessariamente para uma tentativa de golpe militar, mas com certeza aponta para a tentativa de aprovação de medidas completamente reacionárias como o escola sem partido.

Não impressiona, num cenário de profunda crise orgânica, caracterizada por uma profunda crise social, política e econômica, na qual se abre uma crise de representatividade no cenário político, causando um desgaste dos velhos partidos da ordem, que se lancem na disputa eleitoral candidatos com perfis radicalmente conservadores, é natural o movimento das massas de buscar se politizar de forma radical nesses momentos, mas justamente por isso é que a esquerda também precisa se mostrar como alternativa, não assinando manifestos com partidos da ordem como o PT e o PSD, mas sim fortalecendo os trabalhadores para travarem lutas nas ruas, chamando greves gerais e paralisações, apresentando assim uma saída radical à esquerda colada nos métodos históricos da classe trabalhadora, sem cair no medo de uma suposta onda fascista, caindo assim para o pessimismo e desmoralização.

 
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