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DESABAMENTO EM OCUPAÇÃO
Absurdo: sobreviventes do incêndio continuam dormindo na rua após uma semana
Bruno Portela
São Paulo

Enquanto prefeitura, estado e União divergem sobre a responsabilidade no caso, as famílias seguem acampadas próximo ao local da tragédia, os desabrigados sequer têm banheiros químicos instalados no acampamento e não receberam nenhuma medida efetiva de apoio, muito menos um plano efetivo de moradia.

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Sete dias após a tragédia do incêndio seguido de desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida, muitos dos sobreviventes ficaram desabrigados e por isso estão ocupando a praça no Largo do Paissandu (Centro de São Paulo), próxima aos escombros no local do desastre, exigindo dos governantes um local digno para morar. Enquanto faz uma cobertura sensacionalista, a mídia também é conivente com a situação ao não denunciar tamanho absurdo e ainda usar o fato para aprofundar o discurso de criminalização dos movimentos sociais por moradia.

Enquanto prefeitura, estado e União divergem sobre a responsabilidade no caso (sendo que ambas são culpadas no mínimo pelo descaso e negligência), as famílias acampadas na praça próximo ao local da tragédia, sequer têm banheiros químicos instalados no acampamento e não receberam nenhuma medida efetiva de apoio, muito menos um plano efetivo de moradia.

O valor do auxílio-aluguel oferecido pelo governo estadual é uma piada de mau-gosto, “R$ 1,2 mil no primeiro mês e de R$ 400 a partir do segundo, pago por um período de 12 meses”, qualquer pessoa que viva em São Paulo sabe como isso é insuficiente pra morar minimamente bem mesmo nos bairros distantes da região central da cidade. A situação dos abrigos da prefeitura também não dá condições de receber essas famílias de maneira digna.

Enquanto de um lado a população e a classe trabalhadora dá grandes exemplos de solidariedade, com doações de produtos necessários, roupas e serviços, os sem-teto estão passando frio, com crianças adoecendo.
São famílias vítimas do Estado, da especulação imobilária e do capitalismo (propriedade privada), perderam pessoas nessa tragédia e também todas as poucas coisas que tinham na vida.

É preciso exigir abrigo digno urgente para essas famílias, pois é escandaloso qualquer dia a mais que passem nessa situação.
É fundamental um plano de moradia para essas pessoas para que possam viver em condições seguras e saudáveis.
Defendemos um plano de obras públicas que seja controlado pelos operários e pela população, financiado pelo não-pagamento da dívida pública, que é um verdadeiro espólio.

 
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