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ELEIÇÕES 2018
Para aplicar ajustes, consultor econômico de Alckmin defende até rasgar Constituição
Diego Nunes

Em entrevista à folha de São Paulo, publicada nesta segunda feira (07), Persio Arida (conselheiro econômico de Alckmin) defende maior flexibilização da constituição para segundo ele não engessar o crescimento econômico.

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Para Arida crescimento econômico significa deixar de investir em empresas públicas e atrair investimentos de empresas privadas e estrangeiras para gerirem o Brasil. Do mesmo modo como ocorre o desmonte da Petrobras, ele defende com uma manobra gigantesca, atrair empresas para investir em infraestrutura e saneamento básico inclusive. Para isso, segundo Arida seria necessário continuar o caminho de Temer, mas com a legitimidade de um presidente eleito. Ele avalia de forma positiva o que Temer conseguiu até o momento, diz que o país saiu da recessão econômica com Temer, ao contrário do que pensam milhões de desempregados, os trabalhadores da saúde e da educação de vários Estados, em particular os de São Paulo. Temer só não teria avançado mais por falta de capital político, pelo fato de não ter sido eleito.

Defende com unhas e dentes que trabalhadores trabalhem até morrer, dizendo que a previdência suga 64% das receitas do governo federal e uma reforma da previdência é urgente. Omite no entanto que a divida pública, cujos maiores credores são banqueiros e bilionários subiu 14,3% em 2017, para R$ 3,55 trilhões, batendo recordes a cada dia. Assim todo o discurso de Persio Arida é uma grande cortina de fumaça para não chegar nesse absurdo e ser um sentinela da manutenção do fluxo de dinheiro público para os capitalistas. Custe o que custar, inclusive a vida dos trabalhadores e dos mais pobres com a precarização ainda maior da saúde e da educação.

Arida fala como se não estivéssemos em um contexto de crise estrutural do capitalismo internacional, como se fosse possível atrair investidores e produzir uma melhora na condição de vida da população. Persio coloca como meta delirante nesse contexto sem atacar a dívida pública, a sonegação dos grandes e as isenções fiscais, a duplicação da renda nacional. Ao ser questionado sobre a necessidade de impostos sobre as grandes fortunas, diz que "taxar as grandes fortunas arrecada pouco". É um grande piadista. Aliás ao contrário de combater as isenções fala em rever isenções tributárias com o objetivo de criar ainda mais isenções aos grandes empresários que já sonegam bilhões. Subtraindo toda a demagogia o que resta é que o MDB para seguir sua agenda atacará ainda mais os direitos democráticos em prol de uma economia submetida ao capitalismo imperialista que continuará tirando dos pobres para dar aos ricos.

 
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