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CRISE E MORADIA
Crise e desemprego: cresce número de brasileiros que moram "de favor"
Breno Cacossi

Pesquisa do IBGE revela que cresceu em 7% o total de domicílios ocupados mediante empréstimo no país. Aluguel aumentou somente 1,5% no mesmo período.

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Mais de 14 milhões de brasileiros viveram o desemprego em 2017, e este número só aumenta. Neste cenário, a crise econômica gera uma série de efeitos, afetando as condições básicas de vida da população trabalhadora, entre elas as condições de moradia.

Pesquisa divulgada pelo IBGE nesta quinta-feira (26) revela que entre 2016 e 2017 houve uma elevação do número de domicílios no país de 0,8%. No entanto o número de "imóveis cedidos", ou seja, pessoas que moram de favor na casa de terceiros, subiu em 7%. Portanto, fazendo o comparativo destes dados teríamos que 70% destes novos domicílios estão ocupados por pessoas que moram de favor. Passando de 5,6 milhões para 6 milhões, são exatos 396 mil a mais nesta condição.

Nesta categoria de "imóveis cedidos" estão todos aqueles domicílios nos quais não há nenhum valor pago, seja aluguel, parcelas de compra, nem nada parecido, estas residências estão emprestadas pelo dono a terceiros. Todavia, a pesquisa não revela o número de pessoas que moram de favor na casa de outros cidadãos que possuem casa própria, ou que pagam aluguel, pois a pesquisa trata da condição de ocupação geral do domicílio, mas na da situação de cada morador dentro do domicílio. Ou seja, o número de pessoas que "moram de favor" é exorbitante no Brasil, e deve ser muito maior do que a pesquisa revela, e é a taxa que mais cresce em termos de forma de moradia da população.

Esta condição precária de moradia é reflexo direto da crise econômica que vive o país, que assola a população trabalhadora e pobre. As saídas estudadas pelo governo para a crise, quando não são demagogia pura, como o aumento do bolsa família enquanto a fome e a miséria só crescem, são ataques diretos aos direitos e às condições de vida da classe trabalhadora, em um conluio entre os grandes empresários, os políticos que os servem, a grande mídia burguesa e o judiciário golpista. A lógica que seguem durante a crise é cortar dos de baixo para que a crise não atinja os lucros e interesses dos de cima, como através da reforma trabalhista que retira direitos e aumenta o desemprego, a proposta da reforma da previdência que ataca o direito de aposentadoria, entre outras medidas que seguem o mesmo sentido.

Certamente a saída para a população trabalhadora seria o oposto, quer dizer, exigir o não pagamento da dívida pública que corrói quase metade do orçamento federal direto pro bolso dos banqueiros, impor pela luta uma assembleia constituinte livre e soberana para que todo político e juiz receba como um trabalhador comum, que os corruptos sejam julgados por juri popular, e revogar todos os últimos ataques, como a Reforma Trabalhista.

 
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