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“Se o governo está substituindo contratados por concursados, não há problema”, disse vice do CPERS
Redação Rio Grande do Sul

Vice-presidente do CPERS dá declaração escandalosa que, na prática, converge com a política do governador Sartori em demitir os funcionários contratados do estado para substituí-los por funcionários concursados.

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Em recente declaração para o Sul 21, a vice-presidente do sindicato dos trabalhadores da educação do Rio Grande do Sul, Solange Carvalho, afirma o seguinte: “Se o governo está substituindo contratados por concursados, não há problema. É o justo. Não somos contra isso. Nós defendemos o concurso. O problema é que eles não sabem como ou se irão terceirizar. Não dizem como nem quando. E isso, pro trabalhador, é muito complicado”. A declaração é acintosa e faz coro com os anseios do governo Sartori em demitir funcionários de escola.

Na prática, essa “substituição” que Solange considera “justa” significa colocar na rua milhares de trabalhadores, ampliando as já absurdas taxas de desemprego no estado. Não estamos aqui nos colocando contra a nomeação dos concursados, pelo contrário - elas devem ocorrer. Mas a nomeação de funcionários de escola não pode significar a demissão dos contratados, como afirmou Solange. Diante das ameaças de demissões e terceirização, uma declaração como essa apenas fortalece o discurso de Sartori e é necessário denunciar essa posição da vice-presidente do CPERS.

Essa defesa evidencia uma posição por parte da direção central do sindicato, controlada pelo PT e pelo PCdoB, de fazer coro com a histórica divisão da categoria entre contratados e efetivos - divisão esta que serve tão somente ao governo para seguir a velha lógica de “dividir para conquistar”. O regime de contrato permite rebaixar os salários da categoria, bem como retirar direitos. São inúmeros os casos de educadores contratados que tem seus direitos sistematicamente desrespeitados. A terceirização dos serviços de merenda e das secretarias, planejados pelo governo Sartori como vimos aqui vai apenas aprofundar o quadro de sucateamento em que se encontra a rede pública do estado.

É preciso dar uma resposta a esse ataque de Sartori que passe por defender os atuais contratados contra as demissões e as ameaças de terceirização, exigir a nomeação do quadro necessário e impedir todos os ataques do governo. Para isso precisamos de erguer uma forte luta contra os ataques de Sartori, começando pela direção central do CPERS organizando uma grande assembleia geral da categoria, bem preparada, para organizar um plano de lutas efetivo. Nesse processo, temos que acabar com a divisão imposta à categoria entre contratados e efetivos, levando a frente, portanto, a defesa da efetivação imediata de todos os contratados.

 
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