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USP
Estudantes e funcionários da USP fazem ato contra segregação dos terceirizados do bandejão
Victoria Santello

Contra a segregação dos trabalhadores terceirizados do setor de louças do bandejão da USP, promovido pela reitoria, que os impedem de poder se alimentar da comida que eles mesmos ajudam a produzir, estudantes e trabalhadores fazem ação nesta terça-feira.

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Neste dia 17, trabalhadores e estudantes da USP fizeram um ato que terminou em uma ação no bandejão central da Universidade de São Paulo contra a segregação que os trabalhadores terceirizados vêm sofrendo.

Desde que o setor de louças do bandejão foi terceirizado, um dos mais pesados e responsável pelo adoecimento de diversos trabalhadores efetivos, os trabalhadores contratados para lavar as bandejas das refeições estão sendo impedidos pela reitoria e pela Superintendência de Assistência Social (SAS) da USP de se alimentarem da comida que eles mesmos ajudam a produzir.

Claramente é uma segregação o que a reitoria vem promovendo. O setor de louças que, em tese, precisaria de 10 trabalhadores para desempenhar a função plenamente conta com 7 funcionários, dentre eles 5 mulheres, a maioria negros e negras. Não existe nenhuma regulamentação que impeça os trabalhadores de se alimentar da comida que ajudam a produzir. E está sendo discutido na reitoria impedir, inclusive, que os terceirizados utilizem os mesmos vestiários que os efetivos, o que implicaria na construção de outro vestiário, que geraria mais gastos para a universidade. Isso escancara a segregação que a reitoria vem fazendo, dividindo os funcionários.

Os trabalhadores efetivos e estudantes vêm passando um abaixo assinado e fazendo atos em repúdio ao que a reitoria está fazendo com os trabalhadores. Todos os dias, quilos de alimentos são jogados no lixo ou doados, enquanto os terceirizados do restaurante passam fome.

Além disso, os trabalhadores não têm sequer o direito ao BUSP (bilhete usado pelos estudantes e funcionários para usar os ônibus circulares) e precisam ir apé até o bandejão para não retirarem de seu sustento.

Os estudantes e trabalhadores da USP estão mostrando que não vão aceitar que tenham funcionários em regime de semi escravidão e exigem que a reitoria dê condições dignas de trabalho, em que eles possam se alimentar da comida que também produzem e que tenham direito ao BUSP. Além disso, exigem a efetivação imediata desses trabalhadores sem a necessidade de concurso público porque já mostram na prática que são capazes de exercer seu trabalho.

 
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