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ALIANÇA GOLPISTA; JUDICIÁRIO E MILITARES
Nos EUA Barroso elogia militares que chantagearam STF e diz: "juntos para mudar o Brasil"
Yuri Capadócia
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Em evento realizados nos EUA, na prestigiosa Universidade de Harvard, o ministro do Supremo Tribunal Federal Luis Roberto Barroso, procurou tranquilizar os presentes, preocupados com os evidentes acenos autoritários dos militares, mas só conseguiu escancarar o bonapartismo do judiciário:

"O que você pode sentir é que os militares, como todo mundo no Brasil, estão preocupados e querem mudar as coisas para melhor. Como eu também", avaliou.

Com os holofotes todos apontados para o STF, durante o julgamento do habeas corpus de Lula, foi outro ator bonapartista que ganhou evidência as vésperas do julgamento. A declaração do general Villas Boas chantageando o STF para que negasse a ação da defesa do ex-presidente, e desse aval a continuidade do golpe com o sequestro preventivo dos votos da figura líder nas pesquisas, colocou o Exército em primeiro plano como o protagonistas das intenções golpistas. Como se o próprio STF, estivesse imune a sanha golpista do Exército, e se não fosse a pressão teria votado de forma diferente.

Entretanto, as declarações do ministro - e o evento como um todo - são reveladoras da verdadeira aliança em torno dos interesses golpistas. No seminário, que ainda conta com as presenças de Sérgio Moro, Marcelo Bretas e Raquel Dodge, todos figuras protagonistas do autoritarismo da Lava Jato e do Judiciário; essa declaração anterior e diversas outras do ministro apontam para a unidade de interesses do judiciário, principalmente a ala mais identificada com a Lava Jato, com os militares, numa aliança em prol dos interesses golpistas. Como negar a evidente afinidade das declarações de Barroso, sobre "necessidade de separar o joio do trigo" - e o problema quando as pessoas preferem o joio, com as declarações do General Villas Boas, "que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem (...) bem como se mantém atento às suas missões institucionais", e o ímpeto de intervir enquanto árbitro nas duas colocações?

Outro aspecto revelador, é, novamente, o fato de todas essas figuras políticas mais uma vez se pronunciarem em evento nos EUA, diante do imperialismo, e buscando vender a imagem de um país "apaziguado" em torno de uma suposta "refundação do país", como o próprio ministro declarou em seu voto no julgamento do HC de Lula, e fazendo uma pregação econômica de que o "setor público é muito grande e ineficiente".

As declarações do ministro buscando transmitir uma imagem de serenidade, durante esse processo de degeneração do regime de 88 que vivemos, só serviram para expor a convergência do Judiciário e o Exército, e o ímpeto das duas instituições de se alçarem enquanto árbitros, para assegurar a submissão aos interesses do imperialismo.

 
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