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Bolsonaro defende a militarização de escolas como modelo de aprendizado
Jonas Pimentel
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Dada a situação política atual com a prisão arbitrária de Lula, intervenção federal no RJ com execução de Marielle e Anderson, general das forças armadas interferindo na política, entre outros movimentos reacionários na conjuntura, Bolsonaro (PSL-RJ) vai a Roraima dar continuidade nas suas coligações eleitorais espúrias e como sempre destilar seu ódio aos pobres e sua defesa ao autoritarismo.

O pré-candidato à presidência que discursa a favor dos atentados ao PT, defende assassinatos cometidos por policiais, diz abertamente que está do lado do exército e dos militares, e declarou recentemente que, se assumir, "índio não terá 1 cm de terra", dessa vez foi para Roraima afirmar que para acabar com a má distribuição de renda no país é preciso militarizar as escolas.

Jair Bolsonaro viajou a Boa Vista (RR) na última quinta-feira (12/04) em apoio às candidaturas de um empresário do agronegócio e um pastor, Antonio Denarium e Itamar Ramalho, ambos também do PSL, formando assim uma amostra regional da bancada “BBB” – Bíblia, boi e bala.

Em seu discurso disse que se fosse “rei” de Roraima, em 20 anos o estado teria uma economia igual à do Japão. Isso mesmo “rei” de Roraima!

O pastor Itamar, por sua vez, o comparou a Moisés fazendo jus ao seu conservadorismo religioso que se utiliza da fé do povo para que a igreja interfira nos governos, nas leis e na vida cotidiana.

No marco dessas declarações absurdas e fortalecidas pela continuidade do golpismo institucional por meio da prisão de Lula, setores como Bolsonaro ganha espaço e dá vazão a projetos como Escola sem Partido ou ainda aberrações pedagógicas como a onda de escolas militarizadas, ou seja, antigas escolas públicas que tiveram seus corpos gestores (e às vezes docente) integrados pela Polícia Militar de seus estados. Acesse aqui mais informações.

Bolsonaro também discursou contra a taxação das grandes fortunas demonstrando de que lado ele está e pra que/quem ele irá governar. Disse que: "distribuição de renda não é tirar de quem tem pra dar pra quem não tem. Porque daqui a pouco quem tinha não tem mais nada pra dar, e quem teria pra receber não tem de quem receber. Isso se chama socialismo". E continuou: "Não podemos olhar pra um cara que tem uma grande fazenda, uma propriedade, uma empresa e sobretaxar, querer arrancar o couro dele pra dar pra pobre. [Pra] pobre, tem de dar conhecimento”.

Segundo dados recentes do IBGE, 10% das pessoas mais ricas do Brasil possui o equivalente a 43% da riqueza nacional. A pesquisa ainda aponta que o rendimento médio mensal de apenas 1% dos mais ricos recebe 36 vezes mais que metade da população de todo o país. Ou seja, enquanto metade da população recebe a renda média de R$ 754 por mês, esse 1% recebe uma média mensal de R$ 27.000, sendo que 5% da população trabalhadora chega a sobreviver com o rendimento médio de R$ 47 por mês. Sobre isso acesse aqui.

Bolsonaro discursa e quer governar para esse 1% de privilegiados enquanto ataca ainda mais os direitos da classe trabalhadora que é quem de fato tudo produz nessa sociedade. Mas, além disso, como ele próprio já declarou inúmeras vezes, além de governar para os ricos ele ainda quer interferir nas nossas vidas e controlar nossos corpos aliando-se a bancada religiosa, a assassinos de indígenas na bancada ruralista e torturadores da bancada da bala.

Contra todos esses retrocessos que vemos hoje no Brasil é preciso levantar um movimento que não seja apenas conduzido ao voto eleitoral, mas sim que leve a construção de um projeto político para transformar essa sociedade pela raiz. É necessário que a classe trabalhadora, juntamente com a juventude, lute por uma estratégia e um programa anticapitalista e revolucionário, no qual essa aliança culmine em uma força motora em base aos seus organismos democráticos pra destruir o capitalismo e abrir espaço a uma nova sociedade.

 
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