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EXIGÊNCIA A APEOESP
Que a Apeoesp construa de verdade a luta contra a privatização junto aos professores municipais
Marcella Campos

Nessa última quinta-feira, apenas dois dias após a grande vitória dos servidores municipais em cima Doria, aconteceu mais uma reunião da diretoria estadual colegiada da Apeoesp, a DEC.

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Durante toda a luta dos servidores municipais nós, da corrente Nossa Classe Educação, batalhamos para que o sindicato de professores estaduais, a Apeoesp, deixasse a postura de divisão da categoria de professores por redes (municipal e estadual) e também tomasse para si a responsabilidade de fazer triunfar a luta contra Doria e sua reforma da previdência, já que se aprovada poderia servir de abre-alas para outros estados e municípios implementarem.

A Apeoesp, dirigida pelo PT e PCdoB, silenciou durante toda a greve e nada fez para unificar os professores numa grande luta da educação contra as privatizações dos tucanos. Os professores municipais lutaram bravamente contra a privatização da previdência, que significaria um confisco de 19% dos salários. Já os professores estaduais passam por um ataque enorme, a privatização de escolas inteiras, com o projeto chamado CIS (Veja aqui sobre isso).

A reunião da DEC mais uma vez reforçou esse silêncio e divisão, nem uma palavra foi dita pela Bebel Noronha, presidente do sindicato, sobre a vitória histórica dos municipais.

A reunião toda serviu apenas para a direção majoritária reforçar a sua estratégia de apostar somente em propaganda e nas vias judiciais contra os ataques de Alckmin.

Foi apresentada a campanha pela qualidade do ensino público, aprovada nas reuniões anteriores das instâncias do sindicato. Em si a campanha chamada a “Escola pública é nossa e ninguém toma” não é um problema, mas se desvinculada de mobilizar a categoria se torna inofensiva contra o governo. Campanhas e processos judiciais não substituem a força que têm os trabalhadores organizados e em luta.

Os professores precisam tomar em suas mãos a campanha e ter poder de decidir como massificá-la. As subsedes devem chamar reuniões em que os professores façam esse debate e as propostas sejam votadas e implementadas. Propostas como postagens de fotos dos professores pela campanha, aulas públicas nas escolas que alastrem pelo estado, atos panfletagem nos principais pontos da cidade são algumas das ideias que podem surgir e colocar os professores a frente da defesa da educação.

Marcella Campos, professora da rede estadual e diretora da Apeoesp, batalha por essa perspectiva, propondo que a próxima assembleia da categoria, marcada para o dia 6 de abril, se transformasse em um grande dia de mobilização da educação de São Paulo, já que é o dia em que Doria e Alckmin deixam seus cargos para se candidatarem a cargos onde podem passar ataques maiores. A Apeoesp deveria chamar o Sinpeem, sindicato dos professores municipais, para essa unificação concretizando em um ato em comum.

É também tarefa do sindicato organizar os professores para que de cabeça erguida enfrentem tantos desmandos do governo dentro das escolas. Unir a educação com esse propósito pode vender a privatização das escolas, como mostrou os professores municipais.

Não precisamos de empresários dentro das escolas e “dando pitaco” no que eles não entendem. Empresários visam lucros e a educação não pode ser vista por esse prisma. Queremos educar nossas crianças e jovens a partir de reflexões pedagógicas a partir das necessidades de nossos alunos e professores.

Precisamos de professores valorizados, plano pedagógico que dê conta de levar a realidade dos alunos para a escola, políticas de auxílio para que alunos do ensino médio não precisem abandonar os estudos para ajudar financeiramente em casa. Isso se faz com alunos, professores, funcionários e pais juntos e em luta.

Ainda é possível que a Apeoesp reveja sua posição e organize a paralisação da próxima sexta-feira na base da categoria, chamado também os demais sindicatos da educação de São Paulo para dar uma recepção faça tremer os governos que assumem.

Chamamos a todos os professores de ambas as redes para estar com a gente no Masp às 15 horas na próxima sexta-feira (6 de abril).

 
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