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CRISE NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS
Reitoria da UnB descarrega crise nos trabalhadores e alunos
Silas Pereira

A reitoria divulgou um balanço que mostra que a instituição vai terminar 2018 com déficit de R$ 92,3 milhões. O dinheiro no caixa da Universidade de Brasília (UnB) só é suficiente até maio.

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Consequentemente a reitoria anuncia pacote de medidas na tentativa de diminuir o rombo. Medidas como dispensar 1,1 mil estagiários e reduzir em 15% o valor dos contratos terceirizados, devem ser aplicadas. Além disso, a reitoria pretende aumentar o preço das refeições no Restaurante Universitário e elevar em pelo menos R$ 50 milhões a arrecadação com aluguéis dos imóveis e em projetos do Cebraspe, o antigo Cespe. A medida pode aumentar em até 160% o valor das refeições, dependendo da condição financeira do aluno. Outras contenções também estão sendo analisadas.

Porém isso não representa solução, além de precarizar e piorar a qualidade do ensino, na melhor das hipóteses a UnB fecharia o ano com R$ 3 milhões em dívidas. As causas para esta crise, segundo a reitoria, se deve ao fato da folha de pagamento da instituição ter praticamente dobrado de 2013 pra 2018. De R$ 806 milhões para R$ 1,452 bilhão. No mesmo espaço de tempo o orçamento não aumentou no mesmo ritmo, saindo de R$ 1,2 bilhão para R$ 1,7 bilhão.

Essa crise já é sentida pelos estudantes e trabalhadores, sendo que ano passado, a empresa terceirizada para serviços de limpeza demitiu 118 funcionários. Também 50 vigilantes terceirizados foram demitidos. O que causa consecutivos problemas no funcionamento das atividades nos prédios.

Para o representante dos trabalhadores terceirizados Francisco Targino, as empresas terceirizadas pela UnB precisam passar por auditoria. “Em vez de demitir trabalhador terceirizado e de aumentar o preço do RU, estamos propondo que a reitoria reduza a margem de lucro das empresas”, disse.

Com o auditório verde da Face lotado, a reitora Márcia Abrahão foi recebida pelos estudantes com gritos de “não aceitamos demissões. Mexeu com os terceirizados, mexeu com a gente”. Trabalhadores terceirizados que já aprovaram paralização contra as demissões segunda feira dia 26 de março, decidido em reunião que contou com a participação de professores e estudantes da UnB além de trabalhadores da limpeza.

O chefe de gabinete da UnB negou que a universidade vá fechar as portas. No entanto, alertou que as atividades de ensino, pesquisa e extensão estão comprometidas.

 
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