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DESASTRE AMBIENTAL
Mineradora britânica registra vazamento pela 2º vez em menos de um mês em MG
Pedro Cheuiche

A mineradora Anglo American anunciou um novo vazamento de mineroduto em Santo Antônio do Grama (230 km de Belo Horizonte), já é o segundo vazamento pelo qual a empresa é suspeita de ser a responsável em menos de um mês na mesma cidade.

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Imagem do primeiro vazamento no dia 12 / Imagem: Nucleo de Crimes Ambientais do MPMG/Divulgacao

Desastres ambientais estão se tornando mais do que rotineiros no Brasil, há menos de um mes a Norueguesa Hydro foi responsável pelo derramamento de rejeitos de chumbo, bauxita e soda caustica no Pará. Em 12 de março uma barragem da Samarco causou inundações no ES, a empresa também é responsável pela calamidade de Mariana. E novamente a Anglo American está no epicentro de catástrofes, a segunda em menos de um mês. Isso sem contar o desmatamento em massa da Amazônia, que se desmatar mais de 20% pode se transformar em Savana, segundo estudo.

Desta vez, houve um vazamento de polpa de minério de ferro, que durou cinco minutos e foi estancado, segundo a mineradora, em informações divulgadas pela Folha. Ainda não se sabe o tamanho do estrago, se atingiu o rio ou que volume de rejeitos foi despejado, ninguém se feriu.

A primeira catástrofe teve dimensões bíblicas, foram mais de 300 toneladas de polpa de minério que chegaram até o Ribeirão Santo Antonio. Isso tudo se deu em apenas 25 minutos de vazamento, depois somente água foi bombeada na tubulação por aproximadamente 11 horas, segundo a Anglo American. Já segundo informações preliminares da Promotoria, houve o vazamento de 450 m³ de minério durante 45 minutos.

O Ministério Público Federal instaurou um inquérito civil para investigar as causas do 1º rompimento e os responsáveis. Foram solicitadas informações de órgãos como o Ibama, à Copasa (estatal de fornecimento de água) e à Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais.

Segundo a Anglo American, as operações da mineradora estão paralisadas e as autoridades e órgãos competentes foram avisados imediatamente após a identificação de que havia um vazamento. O abastecimento de água em Santo Antônio do Grama não foi interrompido como da primeira vez porque agora a captação é feita no Rio Salgado, segundo noticiou a Folha.

A mistura explosiva entre um governo de empresários, empresas multi-nacionais e exploração desenfreada dos recursos do meio ambiente visando o lucro gera catástrofes, invariavelmente. Não podemos nunca nos esquecer de Mariana, seus mortos e feridos e a impunidade absoluta dos responsáveis. Não basta sermos espoliados pelo capital estrangeiro, eles ainda devastam nosso meio-ambiente, e querem privatizar nossa água e saneamento, somente a mobilização dos trabalhadores organizados pode dar uma resposta, nossas vidas valem mais que seus lucros!

 
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