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Ocupação Mandela
Um ano da reintegração do Mandela 1 e familias seguem sem moradia em Campinas
Redação Campinas e região

No dia 28 de Março de 2017, após várias ameaças de repressão e de um novo Pinheirinhos, a ocupação Mandela 1 teve seu fim. Não antes de uma batalha diária pela sua sobrevivência e permanência no espaço.

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A ocupação Mandela 1 foi o teto de 600 famílias durante quase dez meses. Elas se encontraram nessa situação por não terem condições de pagarem seus alugueis, já que durante a crise os preços não pararam de subir e o desemprego se massificou.

O terreno que foi ocupado tinha uma série de irregularidades tributárias, de desrespeito à lei e estava abandonado há mais de 40 anos, sem cumprir função social alguma, como manda a Constituição e o Estatuto das Cidades. Enquanto servia para o trafico e a violência, por não conter iluminação e mato alto, servindo até de deposito de lixo, nada foi feito. Após a ocupação, a área ficou mais circulável e os ocupantes queriam resolver os problemas que ali existiam.

A desocupação se deu de uma assembleia entre os moradores que por se defrontarem com a policia militar - com seu enorme aparato, com centenas de homens, tratores, cavalaria e bombas- decidiram por não por em risco suas vidas, incluindo à de 240 crianças, idosos e deficientes.

Após a desocupação que deixou as famílias quase inteiramente desabrigadas, amparados pela ajuda da ocupação Joana D’arc, a Prefeitura propôs um projeto habitacional que resolveria os problemas das famílias expulsas do Jardim Capivari, as reuniões se arrastam, o processo anda lentamente e o que se vê é uma enorme lentidão política e receio de contrariar os interesses de especuladores. Além de outra promessa do proprietário de iniciar um projeto no local que também não foi cumprida.

Parte dos despejador migraram para ocupar outro terreno, o Mandela 2, também cheio de irregularidades, mais distante e de mais difícil acesso. Estes se dormindo dia após dia na insegurança de ter que enfrentar uma nova reintegração de posse.

“Até quando a lógica da atuação da Prefeitura vai ser a da criminalização da pobreza? Quando se procurará resolver os problemas dos mais necessitados ao invés de promover os interesses de especuladores?”, termina nota da Ocupação Mandela sobre esse um ano de reintegração

 
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