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GREVE DA EDUCAÇÃO DE MG
7 motivos para entender e apoiar a greve dos educadores de Minas Gerais
Faísca - MG
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No dia 8 de março, se iniciou a Greve da Rede Estadual de Educação em Minas Gerais. Se iniciou em uma data muito simbólica para a luta das mulheres, ainda mais por a categoria de professores ser majoritariamente feminina.

Desde o início da greve, a aposta do governo de Fernando Pimentel (PT) foi de difundir informações falsas sobre a real mobilização da greve e tentar enfraquecer o movimento dos educadores, com o Secretário de Educação chamando a greve de “inoportuna” e pedindo “compreensão” dos educadores, isso, enquanto ele recebe mais de R$20.000 por mês.

Nós, da Juventude Faísca- Anticapitalista e Revolucionária, que junto a estudantes secundaristas, universitários e jovens trabalhadores, impulsionamos uma campanha em apoio a greve e apoiamos várias iniciativas de estudantes (como você pode ver aqui, aqui e aqui) resolvemos publicar 7 motivos para entender e apoiar a greve dos educadores de Minas Gerais.

1. Pimentel atrasa e parcela os salários dos servidores desde 2016
Os servidores públicos de Minas Gerais enfrentam uma situação que jamais havia se perdurado por tanto tempo, o governador Fernando Pimentel (PT) mantém atraso histórico no pagamento aos servidores do estado, enquanto recebe seu salário bruto de R$10.500,00.

2. Parcelamento do 13º de 2017
Os professores de Minas Gerais tiveram seu 13º parcelado pelo governador Fernando Pimentel, que não pensou duas vezes antes de descontar a crise do Estado sobre os professores, e enquanto as famílias dos professores não tinham o 13º para passar o fim de ano, o governador tratou logo de pagar em dia, rios de dinheiro aos banqueiros.

3. Pimentel descumpriu acordo com a categoria
Em 2015, após sete anos de lutas pelo pagamento do Piso Salarial, três grandes e intensas greve, dois acordos descumpridos pelos governos, os trabalhadores da educação conquistaram uma lei estadual para cumprimento no estado de Minas Gerais do Piso Salarial Profissional Nacional, hoje no valor de R$2.455,35.
Mas o governador Fernando Pimentel descumpriu mais esse acordo. E escolheu a educação e a população como suas inimigas para seguir ao lado dos projetos de privatização, sucateamento dos serviços públicos e da impunidade da Vale e da Samarco.

4. Sucateamento do IPSEMG
O governador Fernando Pimentel tem tratado a saúde dos professores com péssima qualidade, deixando o IPSEMG (Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais) sucateado, enquanto os professores ficam doentes pela rotina exaustiva de trabalhar em mais de uma escola e por dar aulas em salas superlotadas, por conta da diminuição de turmas que fez o governo de Fernando Pimentel (PT).

5. Adiamento do início do Ano Letivo
Fernando Pimentel, sem consultar aos educadores, alunos e a comunidade escolar, resolveu por adiar o início do ano letivo de 2018, isso para não pagar metade do salário dos designados e impor um péssimo calendário aos professores e estudantes.

6. Sucateamento nas escolas
As escolas estaduais de Minas Gerais contam com a falta de materiais de pesquisa para os alunos, como livros, laboratórios, quadras em péssimas condições, mesas e cadeiras antigas e quebradas, salas que inundam quando chove e toda estrutura das escolas destruídas, dando péssima qualidade de ensino aos alunos e de trabalho aos educadores.

7. Adesão ao Novo Ensino Médio
Os estudantes secundaristas que em 2016 lutaram e ocuparam suas escolas contra a Reforma do Ensino Médio que foi um ataque do golpista do Michel Temer aos estudantes secundaristas agora veem o governador petista, Fernando Pimentel, implementar no maior descaramento e desrespeito a luta dos estudantes mineiros essa reforma que vem pra transformar a escola em uma agência que de forma direta e intencional, reproduz e intensifica a estratificação social e a divisão do trabalho, separando ainda mais a formação geral da formação técnica e profissionalizante.

Assim como em 2016 os professores apoiaram as ocupações da juventude em luta contra a Reforma do Ensino Médio e a PEC 241, é preciso que a juventude cubra de solidariedade e muita força a luta dos educadores, pois a nossa luta é apenas uma, por educação. Seja contra o governo do Temer com o PMDB, seja contra o governo de Pimentel com o PT, a juventude deve estar na luta, junto com os trabalhadores, contra qualquer ataque que os governos tentem fazer.

foto: Lidyane Ponciano/ Sind-UTE/MG

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